Brexit: Acordo comercial entre Europa e Reino Unido é possível, diz UE
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou nesta quinta-feira (17) acreditar na possibilidade de um acordo comercial com o Reino Unido, apesar da “distração” causada pela ação de Boris Johnson ao violar o tratado de retirada do Brexit.
A presidente afirmou que a decisão do Reino Unido de buscar uma legislação que anulasse os elementos do acordo de retirada foi uma “surpresa muito desagradável” para a União Europeia (UE). Ressaltando ainda que cabia a Londres restaurar a confiança e remover as dúvidas deixadas sobre o Brexit.
“Ainda estou convencida de que isso pode ser feito”, disse Von der Leyen durante entrevista. “É melhor não ter essa distração questionando um acordo internacional existente que temos, mas nos concentrar em fazer esse negócio, esse acordo feito – e o tempo é curto”, finalizou.
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Diplomatas da UE declararam que o bloco ainda não decidiu se iniciará uma ação legal contra o Reino Unido. A decisão dever ser tomada após a próxima rodada formal de negociações comerciais com o país, que está programada para ocorrer no final do mês de setembro.
Maros Sefcovic, o principal representante da UE no comitê conjunto, escreveu uma carta no dia 11 de setembro, reiterando o apelo de Bruxelas para que o Reino Unido eliminasse do projeto de lei as medidas que anulariam o tratado.
De acordo com os diplomatas da UE, a linguagem da carta foi cuidadosamente escolhida com a finalidade de demonstrar que a exigência feita não é de que a legislação seja eliminada em sua totalidade, mas apenas alterada.
“Não devemos exagerar”, disse um diplomata da UE. “Continuaremos as negociações porque há dois caminhos separados: um é aquele que o Reino Unido decidiu violar e o outro é o relacionamento futuro.”
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De acordo com Michael Howard, ex-líder do partido conservador britânico, apesar da disputa sobre a lei do mercado interno, houve progresso na rodada de negociações da semana passada.
“O governo ainda está pedindo ao parlamento que viole a lei internacional, não sei o que meus colegas farão, mas no que me diz respeito, isso é uma questão de princípio”, concluiu.