Dólar em alta de 0,8% após Powell apresentar dúvidas sobre recuperação econômica
Com as decisões da política monetária das principais economias do mundo no radar, como Estados Unidos e Brasil, e as incertezas apontadas pelo presidente do Banco Central dos EUA sobre a recuperação econômica do país, o dólar opera em alta.
Por volta das 9h40, nesta quinta-feira (17), o dólar operava em alta de 0,857%, sendo negociado a R$ 5,2848. A moeda estadunidense que encerrou na véspera em queda de 0,62% após a taxa básica de juros do Brasil ser mantida, amanheceu esta quinta em alta.
O Banco Central dos Estados Unidos, Federal Reserve (Fed), decidiu manter a taxa de juros entre 0% e 0,25% na última quarta-feira (16), após a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc). As autoridade monetária norte-americana cortou a taxa de juros para esse patamar no dia 15 de março, como uma medida emergencial devido a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
No entanto, a atenção do mercado está voltada para as incertezas apontadas pelo Fed. O presidente do banco central, Jerome Powell, reforçou dúvidas, durante seu discurso, sobre o ritmo de recuperação da economia dos EUA em meio a pandemia.
Além do Fed, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidiu manter a taxa inalterada da taxa básica de juros (Selic). Com isso, a taxa permaneceu em 2% ao ano, a mínima histórica. Dessa forma, o Copom interrompeu o ciclo de cortes, ao todo, foram nove cortes na taxa Selic.
O Banco Central da Inglaterra também decidiu manter os juros em 0,1%, assim como, o Banco do Japão que manteve a sua política monetária, com a taxa de juros de curto prazo de -0,1%. Com as decisões monetárias dos principais bancos do mundo, os índices internacionais operam em campo negativo.
- Nova York (S&P 500): -1,03%
- Nova York (Dow Jones): +0,12%
- Nova York (Nasdaq): -0,80%
- Frankfurt (DAX 30): -0,59%
- Paris (CAC 40): -0,70%
- Xangai (SSEC): -0,41%
- Hong Kong (Hang Seng): -1,56%
- Tóquio (Nikkei 225): -0,67%
No cenário nacional, os investidores estão atentos a política, após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ser intimado pela Polícia Federal (PF) a depor no inquérito que apura a denúncia do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, de suposta interferência na PF. Em resposta, a Advocacia Geral da União (AGU) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que Bolsonaro possa se manifestar por escrito.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira (16), o dólar encerrou em queda de 0,915%, negociado a R$ 5,2406.