Avianca procura suspender liminar para ter acesso a crédito de US$ 370 milhões
A Avianca Holdings solicitou à Justiça da Colômbia, seu país de origem, a suspensão de uma liminar que impede a empresa de ter acesso a uma linha de crédito de US$ 370 milhões (cerca de R$ 1,93 bilhão). Em maio deste ano, a companhia entrou com um pedido de recuperação judicial em Nova York.
Na última sexta-feira (11), o Tribunal Administrativo da Corte de Cundinamarca concedeu uma liminar interrompendo o desembolso de um empréstimo de até US$ 370 milhões à Avianca. O crédito seria disponibilizado pelo Fundo Colombiano de Mitigação de Emergências (FOME) e faz parte dos empréstimos “debtor in possession” (DIP) do plano de recuperação da aérea.
A decisão tomada para a concessão da liminar foi resultado de uma ação popular que visa proteger os fundos do governo. Cidadãos do país, em um movimento organizado, exigem que a companhia forneça garantias suficientes para a concessão dos recursos, e que a taxa de juros do empréstimo seja maior do que o custo do fundo soberano.
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Avianca cita importância do empréstimo e diz que oferece garantias
A modalidade de empréstimo DIP dá aos credores prioridade no recebimento dos valores liberados no processo de recuperação judicial. A Avianca, por sua vez, informou que pagará 11% de juros ao ano, além das taxas embutidas, superando, portanto, o custo do financiamento soberano.
Além disso, a companhia também disse que oferece garantias para cobertura de mais duas vezes o valor do empréstimo DIP na tranche A, etapa em que o governo colombiano participará. O projeto de recuperação da segunda maior companhia aérea da América Latina prevê empréstimos em DIP por meio de duas tranches, totalizando US$ 2 bilhões. Isso incui rolagem de dívidas, que será fornecida por mais de 90 credores.
Por meio de sua solicitação à Justiça, a Avianca informou que toda a sua estrutura de financiamento DIP proposta seria afetada se esse empréstimo não for condedido. As operações da empresa se tornaria insustentáveis, uma vez que soferia novas reduções de liquidez.
A Avianca Holdings — que engloba as empresas Avianca, Aerogal e Taca — alegou que ainda é a maior companhia aérea da Colômbia, que gera US$ 1,3 bilhão de receita fiscal por ano e emprega 123 mil pessoas, de forma direta e indireta.