ZTO Express, apoiada pelo Alibaba, vai listar ações em Hong Kong
A ZTO Express, uma das maiores empresas de entregas da China e apoiada pelo Alibaba, planeja levantar US$ 1,56 bilhão (equivalente a R$ 8,18 bilhões) com a venda de novas ações em Hong Kong, ampliando a lista de companhias chinesas que obtiveram uma cotação secundária na província.
A ZTO detém o maior negócio de delivery express da China por volume de pacotes, segundo análise da iResearch citada no prospecto, com cerca de 20,6% da participação de mercado no país na primeira metade deste ano. A empresa, como grande parte de seus rivais, é apoiada pelo gigante do e-commerce Alibaba, que possui uma posição de mais de 8% no negócio.
Com isso, a operação, coordenada pelo Goldman Sachs, segue o mesmo caminho de outras ofertas de empresas chinesas já listadas nos Estados Unidos, como é o caso do próprio Alibaba Group Holding; JD.com; NetEase e Yum China Holdings.
A companhia está vendendo 45 milhões de novas ações, conforme mostrou documento nos Estados Unidos. O preço máximo da oferta por uma pequena parcela da venda de ações reservadas para investidores individuais é de 268 dólares de Hong Kong (ou R$ 182,24).
A precificação final para essa parte da operação, e a maior parcela das ações vendidas para investidores institucionais, vão depender da demanda do mercado, mesmo embora ambas deverão ser vendidas ao mesmo preço. A ZTO Express planeja definir o valor em 22 de setembro e para início da negociação de suas ações uma semana após.
Oferta da ZTO Express ocorre em meio à tensão EUA-China
A listagem em Hong Kong acontece em meio às tensões entre as duas maiores potências do globo e ao tempo em que legisladores em Washington se mexem para elevar o escrutínio de companhias chinesas. A bolsa de valores de Hong Kong ainda renovou as regras para o processo de listagem, o que alimentou uma onda de ofertas por empresas da China e grandes startups.
A ZTO Express, sediada em Xangai, foi fundada em 2002 e atendeu à crescente demanda do país asiático por entregas com o aumento do e-commerce. Desde 2016, quando levantou US$ 1,4 bilhão na operação de listagem na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), suas ações se valorizaram mais de 60%.