Brasil: PIB teve aumento de 2,4% em julho ante junho, diz FGV
A Fundação Getúlio Vargas divulgou nesta quarta-feira (16) um relatório sobre o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no mês de julho. De acordo com os dados, o aumento foi de 2,4% em comparação com junho, entretanto a economia teve redução de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
“A economia segue em trajetória de crescimento no mês de julho. Após ter em abril o seu pior momento econômico, reflexo da pandemia de Covid-19, é possível enxergar considerável melhora em todas as atividades econômicas. Apesar dessa melhora, o país segue com cenário de alta incerteza e com o nível de atividade em patamar ainda muito baixo e se recuperando muito lentamente”, declarou o coordenador do Monitor do PIB-FGV em nota oficial.
Os dados registram queda no PIB em relação a oferta dos setores da indústria e de serviços ao comparar com o mesmo período do ano passado, enquanto ao considerar a demanda, as atividades apresentaram retração em quase todas os setores.
- o consumo das famílias teve redução de 6,6%
- o consumo de produtos semiduráveis despencou 24,3%
- o consumo de bens duráveis teve queda de 2,6%
- o consumo de serviços caiu 11,4%.
Apesar disso, o consumo de bens não duráveis subiu 3,5%.
De janeiro a julho deste ano, o PIB alcançou a quantia de aproximadamente R$ 4,068 trilhões, em valores correntes. Enquanto a taxa de investimento em julho de 2020 foi de 17,1%.
O Monitor feito pela FGV antecipa a tendência do principal índice da economia, o PIB, utilizando as mesmas fontes de dados e metodologia que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Ministério da Economia mantém em 4,7% projeção para queda do PIB em 2020
O Ministério da Economia manteve sua projeção para a recessão em 2020, decorrente dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus (covid-19). De acordo com a nova grade de parâmetros da Secretaria de Política Econômica (SPE), a retração estimada para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 seguiu em 4,70%.
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A equipe econômica espera uma recuperação acelerada para o próximo ano, após o tombo na economia neste ano. Para 2021, a projeção de crescimento seguiu em 3,20%. Para 2022, a estimativa de alta no PIB passou de 2,60% para 2,50%. O ministério manteve ainda as projeções de crescimento da economia de 2023 e 2024, ambas em 2,50%.
No último relatório do Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira (14), os especialistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) estimaram uma queda de 5,11% para o PIB de 2020. Para 2021, a estimativa é de alta de 3,50%.
Com informações do Estadão Conteúdo