Azul (AZUL4) recebe proposta de apoio financeiro da BNDESPar
A Azul (AZUL4)comunicou ao mercado no último domingo (13) que recebeu da BNDES Participação (BNDESPar) e um sindicato de bancos uma proposta de apoio financeiro aos setores atingidos pelos efeitos da crise decorrente da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
De acordo com o comunicado da Azul, a proposta prevê uma oferta pública de um instrumento financeiro híbrido com objetivo de captar no mínimo R$ 2 bilhões.
Além de prever também que a BNDESPar seja o investidor âncora podendo subscrever até 60% da oferta enquanto os bancos prestarão garantia de até 10% da mesma.
O instrumento financeiro consiste na combinação dos seguintes itens:
- debêntures simples;
- bônus de subscrição, cujo valores serão determinados através do processo de bookbuilding da oferta
“Estimamos que a emissão do bônus de subscrição resultará em uma potencial diluição de aproximadamente 15% baseado no preço de fechamento da ação da Azul (R$26,58) na última sexta-feira (11)”.
A companhia aérea informou que irá analisar a proposta, “juntamente com outras alternativas de financiamento disponíveis”.
Azul registra prejuízo de R$ 3,1 bilhões no 2T20
A Azul registrou um prejuízo líquido de R$ 3.140 bilhões no segundo trimestre deste ano. No ano passado, no mesmo período, a companhia aérea teve lucro de R$ 343,2 milhões.
O prejuízo operacional da Azul no período foi de R$ 820 milhões, excluindo eventos não-recorrentes. Já o prejuízo líquido excluindo variação cambial e marcação a mercado foi de R$1,5 bilhão, ou R$ 4,28 por ação preferencial (PN) e R$2,38 por ADR. A receita líquida da companhia ficou em R$ 401,6 milhões no trimestre encerrado em junho, uma queda de 84,7%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou negativo em R$ 324,3 milhões. O valor registrado no mesmo intervalo do ano anterior foi de R$ 733,2 milhões. A margem Ebitda passou 28% para -80,8% em um ano.
A dívida bruta da Azul ficou em R$ 18,859 bilhões. O montante representa uma alta de 55,8% frente ao segundo trimestre do ano passado. “Desde o fechamento do trimestre, a Companhia firmou acordos comerciais com seus parceiros financeiros e está confiante de que poderá rolar todos os pagamentos de dívida em 2020 e 2021 à medida que se aproxima dos seus vencimentos”, informou a companhia em seu balanço.