NYSE ameaça mudar uma de suas bolsas para Chicago
A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) manifestou nesta sexta-feira (11) se opor ao projeto de lei de Nova Jersey que prevê a aplicação de um imposto às empresas que processam grandes quantidades de negócios no estado. Segundo um aviso enviado aos clientes, por uma semana a Nyse deve operar uma de suas bolsas através de Chicago com a finalidade de indicar a possibilidade de deixar Nova Jersey.
Após a criação do projeto de lei pela assembleia legislativa do estado, a Nyse e outras operadoras de bolsas já declararam suas preocupações. A Nasdaq e a Cboe Global Markets também informaram que podem sair do local caso a proposta seja aprovada.
De acordo com um memorando interno visto pelo “WSJ”, a bolsa de valores de Nova York anunciou já estar se preparando para o caso da lei ser aprovada. “Esta preparação inclui a demonstração de nossa capacidade de mover todos os sistemas primários de correspondência de nossas bolsas para fora do Estado”, informou a NYSE.
A bolsa de valores de Nova York pretende fazer a administração da Nyse Chicago, uma das suas cinco bolsas de valores, de seu site de backup em Illinois, durante o período de 28 de setembro a 2 de outubro.
O projeto de lei prevê que qualquer empresa que processe 10 mil ou mais transações financeiras durante o ano utilizando a infraestrutura eletrônica no estado deve pagar um imposto de US$ 0,0025 sobre qualquer transação que seja feita.
O governador de Nova Jersey e ex-executivo do Goldman Sachs, Phil Murphy, anunciou no fim do mês passado seu apoio à proposta tributária. “Levamos muito a sério essa noção de tributação ou algum tipo de tarifação no comércio de alta frequência”, declarou. “É algo que estamos olhando com muito interesse.”
Nyse apresenta proposta de listagem direta em IPOs, para SEC
A Bolsa de Valores de Nova Iorque (Nyse) informou no dia 22 de junho desse ano que propôs à SEC (Comissão de valores Mobiliários dos Estados Unidos) uma alteração nas normas, para tonar possível que empresas iniciem no mercado de ações através de uma listagem direta para levantar capital.
O vice-presidente comercial da Nyse, John Tuttle, destacou em uma entrevista por telefone que com a proposta “queremos fornecer às empresas o que é indiscutivelmente um mecanismo de precificação mais eficiente para sua abertura de capital”.
Habitualmente, as ofertas públicas iniciais (IPO) de uma empresa são dirigidas por bancos de investimentos, assim as ações não são vendidas diretamente para os investidores.
Vale destacar que em dezembro do ano passado, a Nyse já havia feito uma proposta para a SEC, sugerindo que as companhias vendessem ações através de uma listagem direta. Entretanto, a Comissão de Valores Mobiliários norte-americana rejeitou a proposta sem explicar o motivo.
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Contudo, já é permitido que empresas que não levantem capital no processo de listagem façam listagem diretas.
Além disso, a Nyse deixou de lado a proposta para descontinuar a condição de que as companhia devam ter no mínimo 400 acionistas dos lotes-padrão quando forem fazer a listagem. Segundo Tuttle “com o mercado de IPO em ascensão como está agora, chegou a hora de avançar mais nesta opção”.