Suzano (SUZB3) precifica oferta de bonds pelo valor de US$ 750 mi em 10 anos
A Suzano (SUZB3) comunicou ao mercado, na última quinta-feira (10), que precificou a oferta de bonds (títulos do exterior), pela sua subsidiária Suzano Austria, com a emissão de títulos de dívidas no valor de US$ 750 milhões (cerca de R$ 3,9 bilhões), “para colocação no mercado internacional”, com vencimento em janeiro de 2031.
De acordo com o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os bonds possuem um yield (indicador que mostra a rentabilidade do ativo) de 3,950% ao ano e cupom de 3,750% ao ano, a serem pagos semestralmente. “A liquidação da operação acima citada está prevista para 14 de setembro deste ano”, informou a Suzano.
“As notes possuem indicadores de performance ambientais (KPIs) associados a uma meta de redução de intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE) pela companhia até 2025, evidenciando o compromisso da Suzano como parte da solução perante a crise climática global”.
Desa forma, os novos títulos da dívida caracterizam-se como sustainability-linked bonds, conforme os princípios promulgados pela International Capital Markets Association. A Suzano e sua subsidiária já apresentaram declaração de registro na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador mobiliário dos EUA, sobre esta oferta.
“As notes não foram e nem serão registradas perante a CVM. As notes não podem ser ofertadas ou vendidas no Brasil, exceto em circunstâncias que não constituam uma oferta pública ou uma distribuição não autorizada nos termos da legislação e regulamentação brasileiras”.
De acordo com o documento, os recursos obtidos com a oferta dos bonds serão utilizados para a liquidação das ofertas de aquisição realizadas pela Suzano Austria e Fibria Overseas Finance, cada qual uma subsidiária integral da Suzano.
BNDESPar confirma intenção de vender fatia na Suzano com follow-on
A BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), confirmou que estuda alienar a totalidade das ações ordinárias da Suzano sob sua posse. O processo de venda dos papéis aconteceria por meio de uma oferta subsequente de ações (follow-on).
Além disso, a BNDESPar afirmou que de fato, como havia saído na mídia, selecionou o JPMorgan para ser o coordenador líder da potencial oferta, “uma vez que o banco americano ofereceu a menor taxa”. O consórcio terá ainda o Bank of America, o Itaú BBA, e Bradesco BBI e a XP Investimentos.
“A BNDESPar esclarece inicialmente que, na condição de companhia aberta e de relevante investidora institucional do mercado de capitais brasileiro, examina permanentemente oportunidades de investimento e desinvestimento de seu portfólio e, ciente de sua responsabilidade frente à legislação e regulamentação aplicável, realiza tempestivamente as comunicações exigidas pela legislação a que se encontra sujeita”, informou o fato relevante sobre o follow-on da Suzano.