Cury define faixa indicativa de preço para IPO e pode levantar R$ 1,15 bi
A Cury Construtora e Incorporadora divulgou nesta quarta-feira (9) a faixa indicativa de preços para sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) entre R$ 11,00 e R$ 14,30.
Considerando a mediana desse intervalo, de R$ 12,65, e a quantidade de ações da oferta base, de 90.909.091, o processo de abertura de capital na bolsa poderia levantar um montante de R$ 1,150 bilhão. Ainda existe a possibilidade de negociar um lote adicional de até 20%, com 18.181.818 ações, e suplementar de até 15%, ou 13.636.363 ativos. Com isso, conforme o preço médio da faixa indicativa, o IPO da Cury pode movimentar um total de R$ 1,552 bilhão.
A precificação do oferta está prevista para acontecer em 17 de setembro. Além disso, a construtora será negociada no segmento de alta governança da B3 , o Novo Mercado, sob o ticker “CURY3”.
O processo será coordenado pelas instituições financeiras BTG Pactual (BPAC11); Itaú BBA, Bank of America e Caixa Econômica Federal. A oferta será primária (18.181.818 ações), quando há a emissão de novas ações e os recursos captados vão para o caixa da empresa e secundária (72.727.273 papéis), que consiste na venda de parte das fatias detidas por acionistas.
Os principais acionistas vendedores da operação são a Cyrela Brazil Realty (CYRE3), que detém uma participação de 48,25% e pode diminuí-la para até 27,96%, na caso de venda dos lotes suplementar e adicional; Fábio Elias Cury, que possui uma fatia de 34,74% e pode reduzi-la para 15,29%; e a Cury Empreendimentos Imobiliários, que tem uma posição de 13,51% e pode cair a 12,67%.
Cury registra lucro líquido de R$ 56,428 mi no 2S20
No primeiro semestre deste ano, a empresa reportou um lucro líquido de R$ 56,428 milhões, equivalente a uma queda de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. Na mesma comparação, a construtora apresentou uma receita líquida de R$ 473,525 milhões, com um aumento de 3,8%.
A Cury foi fundada em 2007, como um resultado da joint venture entre a Cury Empreendimentos e a Cyrela. As operações da empresa estão concentradas na incorporação de empreendimentos voltados à população de baixa renda, com foco nas regiões de São Paulo e do Rio de Janeiro.