PIB mundial desacelera enquanto o Brasil se fortalece, aponta OCDE

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro continuou se fortalecendo no mês de agosto enquanto outras grandes potências mundiais apresentam o ritmo oposto, de desaceleração. As informações foram divulgadas nessa terça-feira (8) segundo Indicadores Compostos avançados (CLIs) feitos pela organização.

Dentre os dados obtidos de todas as principais economias da OCDE, o Brasil foi um dos únicos países a obter um resultado positivo para o mês de agosto, apontando para uma expansão do PIB, representado por 100,4 pontos no índice.

Vale ressaltar que o índice apresenta uma perspectiva do ciclo econômico dos países, ou seja, os valores indicados não medem o grau de crescimento da atividade econômica.

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De acordo com a OCDE a magnitude dos CLIs deve ser entendida como uma “indicação da força do sinal e não como uma medida do grau de crescimento da atividade econômica”.

Os CLIs indicam os pontos de virada do ciclo econômico, definindo quatro fases cíclicas, sendo elas: quando o indicador fica acima de 100 pontos, caracterizado como em “expansão”, quando o indicador diminui o valor porém se mantém acima de 100, considerado na ”inflexão”, quando o valor sofre redução para menos de 100, considerado em “desaceleração” e por último, quando o indicador aumenta mas ainda fica abaixo de 100, considerado em “retomada”.

As principais economias apresentaram resultados semelhantes, obtendo valores abaixo de 100. Sendo elas:

  • EUA : o índice pulou de 98,6 em julho para 98,9 em agosto
  • Japão: foi de 98,5 em julho para 98,9 em agosto
  • Alemanha: de 99,1 em julho para 99,4 em agosto
  • Reino Unido: de 97,2 em julho para 97,6 em agosto

PIB global cairá 4,4% em 2020, diz Fitch em nova projeção

O Produto Interno Bruto global deve cair 4,4% neste ano, de acordo com a nova previsão da agência de classificação de risco Fitch Rating. A estimativa foi levemente alterada desde a última projeção apresentada em junho, que era de uma queda de 4,6% da economia mundial.

Segundo a Fitch, o PIB global ainda deve apresentar uma forte contratação em razão das medidas de contenção frente à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Perante os choques de desemprego na Europa, as empresas estão segurando os gastos e o distanciamento social continua a limitar diretamente o consumo do setor privado”, disse Brian Coulton, economista-chefe da agência.

Embora algumas das maiores economias do planeta como China, que já alcançou o patamar do PIB pré-crise, e Estados Unidos, Reino Unido e França, que já recuperaram os níveis das vendas do varejo de fevereiro, a Fitch ainda mostra-se receosa com a recuperação em “V” esperada.

No primeiro semestre deste ano, o comércio internacional de mercadorias das maiores economias do planeta, que compõem o G20, contraíram de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,38 trilhões). As informações foram reveladas pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), comparando com o mesmo período de 2019.

A organização, porém, observou que uma recuperação já pôde ser identificada em maio e junho após o colapso de abril, mês em que a atividade praticamente ficou estagnada devido às medidas de isolamento social. Os dados parciais de julho também apontam para melhora nas negociações.

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Além disso, o PIB da zona do euro também recuou menos do que o esperado no segundo trimestre, encolhendo 11,8%. Em duas pesquisas preliminares, a agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE), a Eurostat, havia calculado uma retração de 12,1% na margem e recuo de 15% na relação anual.

 

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Rafaela La Regina

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