Nissan é acusada e Ghosn tem indiciamento por fraude oficializado
O ex-presidente do conselho de administração da Nissan Motor, Carlos Ghosn, foi indiciado oficialmente, nesta segunda-feira (10).
Ghosn foi indiciado por subdeclarar sua renda, pelos procuradores de Tóquio. O ex-presidente da Nissan, teve sua detenção prorrogada por causa da suspeita de conduta financeira irregular adicional.
Além disso, os procuradores indiciaram a Nissan. Entretanto, a produtora de veículos é acusada de apresentar declarações financeiras falsas. Desta forma, a empresa japonesa se torna culpável pelo escândalo.
Entenda o caso
Carlos Ghosn foi preso sob a suspeita de planejar a subdeclaração dos seus rendimentos em pelo menos metade, durante cinco anos.
Desde então, Ghosn está detido em Tóquio para interrogatório. Além disso, os procuradores também emitiram um novo mandado de prisão contra ele nesta segunda-feira (10) por suposta subdeclaração de renda por três anos, com fim em março de 2018.
A Nissan demitiu Ghosn de seu cargo de presidente do conselho de administração dias após sua prisão. Além disso, a empresa diz que a fraude foi planejada pelo ex-presidente administrativo com ajuda do ex-diretor-representante da empresa, Greg Kelly.
Greg Kelly também foi indiciado oficialmente nesta segunda-feira (10).
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De acordo com a mídia japonesa, Ghosn e Kelly negaram as acusações. Entretanto, não emitiram nenhum comunicado pelos seus advogados.
Depois do indiciamento oficial, a Nissan disse que a situação está sendo levado a sério. De acordo com a empresa, as declarações falsas em relatórios financeiros pode comprometer gravemente a integridade de suas declarações no mercado imobiliário.
De acordo com o órgão regulador dos mercados mobiliários do Japão, Securities Exchange Surveillance Commission, o crime realizado por Ghosn por meio da Nissan, pode gerar uma multa de 700 milhões de ienes, equivalente a 6,21 milhões de dólares.