Loja online de vinhos Wine apresenta pedido de IPO na CVM
A W2W E-Commerce de Vinhos, dona da loja online Wine, apresentou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido para oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
O processo de abertura de capital da controladora da Wine será coordenado pelas instituições financeiras Banco Itaú BBA; o Bank of America Merrill Lynch; Banco Múltiplo; o Banco BTG Pactual (BPAC11); a XP Investimentos; e Banco ABC Brasil. A oferta pública será de distribuição primária e secundária de ações, isto é, a venda de novas ações e de papéis que estão nas mãos dos atuais acionistas.
A companhia é controlada pelo fundo Península e a Orbeat Som e Imagem, ambos com 42,22%, além de Rogério Salume (9,30%) e Fernando Opitz (6,25%). A é controlada pela família Sirotsky e e pela gestora EB Capital.
Simultaneamente ao processo de abertura de capital no Brasil, também serão realizados esforços de colocação das ações da na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), exclusivamente para investidores institucionais qualificados residentes e domiciliados nos Estados Unidos, conforme regra editada pela Securities and Exchange Commission (SEC).
Conforme prospecto preliminar, a Wine pretende utilizar os recursos levantados com a oferta para investimentos em tecnologia, em campanhas de marketing e publicidade, em logística, assim como para investimentos com a expansão de lojas físicas e para aquisições de outras empresas.
A W2W E-Commerce de Vinhos registrou no primeiro semestre deste ano uma receita líquida de R$ 146,335 milhões, uma alta de 26,4% em comparação com o mesmo período de 2019. Na mesma relação, o lucro bruto cresceu de R$ 54,726 milhões para R$ 70,041 milhões, crescimento equivalente a 27,9%. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) saiu de um resultado negativo nos primeiros de 2019, de R$ 4,905 milhões, para um positivo de R$ 11,208 milhões neste ano.
Saiba mais sobre a história da Wine
Nascida há 12 anos, a companhia se coloca como um clube de assinatura de vinhos e e-commerce de vinhos, que opera em um modelo direto ao consumidor com uma plataforma, que inclui assinatura, e-commerce, B2B, lojas físicas e eventos.
“Acreditamos estar bem posicionados para liderar o movimento de consolidação e transformação digital do mercado de vinhos e espumantes, que se caracteriza por ser um mercado de R$ 16 bilhões em 2019 (segundo a Ideal Consulting), com ainda amplo espaço para aumento do consumo per capita, e um ambiente competitivo de alta fragmentação”, salientou a empresa, no prospecto.
A dona da Wine ainda informou que enxerga como foco estratégico o clube de assinaturas, em vista de seu diferencial para conseguir vantagem competitiva em um mercado menos disputado, que se tornou concorrido em razão da baixa barreira de entrada para novos competidores, exigindo grandes investimentos de marketing e tornando o negócio menos rentável.