IGP-M sobe 2,47% em agosto e acumula 9,64% no ano, aponta FGV

A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou, nesta sexta-feira (28), que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a inflação do aluguel, subiu 2,47% em agosto após a taxa de 2,23% em julho. Dessa forma, o índice acumula uma alta de 9,64% no ano e 13,02% nos últimos 12 meses.

Em agosto de 2019, o índice havia registrado uma queda de 0,67% e acumulava um avanço de 4,95% em 12 meses. O IGP-M é o principal indicador para o reajuste de valores de contratos imobiliários. Além disso, ele é composto por três indicadores. São eles:

  • Índice de Preços por Atacado- Mercado (IPA-M);
  • Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M);
  • Índice Nacional do Custo da Construção – Mercado (INCC-M).

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Maior peso do IGP-M: IPA-M

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) tem peso de 60% no IGP-M. O indicador após a taxa 3% em julho, subiu para 3,74% em agosto. A taxa do grupo Bens Finais, na análise por estágios de processmento, variou positivamente 1,25% este mês, contra 0,45% no mês passado.

A principal contribuição para este resultado é oriunda do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -14,63% para -4,28%, de julho pra agosto. Os seguintes itens registraram aumento no grupo:

  • Minério de ferro (8,98% para 10,82%);
  • Milho em grão (0,83% para 7,04%);
  • Café em grão (-2,41% para 9,81%).

Os seguintes itens contribuíram para o recuo da taxa do grupo:

  • Itens bovinos (8,94% para 4,12%);
  • Mandioca/aipim (4,87% para -6,92%);
  • Soja em grão (8,89% para 7,04%).

IPC-M

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) tem peso de 30% sobre o IGP-M. O indicador variou positivamente 0,48% em agosto, contra uma alta de 0,49% em julho.

Das oito classes de despesa que compõem o índice, a principal contribuição partiu do grupo Transportes (1,45% para 0,87%). Nessa clase de despesa, especificamente, vale mencionar o desempenho do item gasolina, que passou de 4,45% em julho para 2,66% em agosto.

Entre julho e agosto, também há destaque para Educação, Leitura e Recreação saíram de 0,12% para -0,62%, enquanto Comunicação amenizou a alta, de 0,61% para 0,35%. Vestuário, por sua vez, intensificou a queda, saindo de -0,24% para -0,32%. Nessas classes de despesa, é importante mencionar os itens passagem aérea (13,55% para -3,57%), mensalidade para TV por assinatura (1,46% para 0,91%) e roupas (-0,38% para -0,43%).

Por sua vez, os grupos Alimentação (0,05% para 0,61%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,59%), Habitação (0,49% para 0,58%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,44%) apresentaram baixas em suas taxa de variação. Nessas classes de despesas, destacam-se:

  • Hortaliças e legumes (-12,27% para -7,20%);
  • Artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,45% para 1,05%);
  • Tarifa de eletricidade residencial (1,09% para 1,51%);
  • Serviços bancários (0,25% para 0,55%).

INCC-M

O Índice Nacional de Custo e Construção (INCC-M) fica com os 10% restante do IGP-M. O indicador subiu 0,82% em agosto, enquanto caiu 0,84% em julho. Além disso, o indicador possui três componentes: Materiais e Equipamentos, Serviços e Mão de Obra, que variaram 0,92% para 1,43%, 0,09% para 0,20% e 0,92% para 0,52%, respectivamente.

“Nessa apuração, o índice de preços ao produtor respondeu pela aceleração do IGP-M. Entre as matérias-primas brutas, o destaque foi o minério de ferro, que subiu 10,82% e respondeu por quase 30% do resultado do IPA”, afirmou o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, no relatório apresentado.

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Jader Lazarini

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