Vice-presidente da Huawei irá a tribunal no Canadá nesta sexta-feira
A vice-presidente financeira da empresa chinesa Huawei Technologies irá a tribunal de Vancouver nesta sexta-feira (07). Men Wanzhou, 46 anos, participará de uma audiência de fiança, enquanto aguarda possível extradição para os EUA.
Filha do fundador da Huawei, Ren Zhengfei, Wanzhou foi presa em 1º de dezembro a pedido do governo norte-americano. A prisão teria ocorrido como parte de uma investigação referente a um suposto sistema bancário global para contornar as sanções de Washington contra o Irã.
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A empresa chinesa de Ren Zhengfei é a maior fabricante de equipamentos de telecomunicações da China. E segunda maior fabricante de smartphones do mundo. Neste ano, ela passou a Apple e perde apenas para a Samsung.
Assim, o mercado financeiro atenta-se à prisão de Wanzhou e preocupa-se com a possibilidade do episódio agravar a guerra comercial.
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Os presidentes norte-americano e chinês, Donald Trump e Xi Jinping respectivamente, fizeram acordo de trégua na cúpula do G20, no último sábado. Por 90 dias, os países concordaram em não ampliar as tarifas de importação.
Trump afirmou que não sabia sobre a prisão antecipadamente, de acordo com a Reuters.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, declarou hoje que nem o Canadá e nem os EUA forneceram à China evidências de que Meng violou qualquer lei nesses dois países. Shuang ressaltou a exigência de Pequim de que ela seja libertada.
A Huawei Technologies se manifestou na confirmação da prisão da vice-presidente e afirmou na quarta-feira (05) que “a empresa recebeu poucas informações sobre as acusações e não tem conhecimento de qualquer irregularidade da Sra. Meng”.