Avianca: ex-donos da empresa são presos em SP durante operação da Lava Jato
A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quarta-feira (19), em São Paulo, os empresários German Efromovich e José Efromovich, donos do estaleiro Eisa – Ilha S.A., e ex-donos da Avianca Holding. O mandado de prisão foi cumprindo no âmbito da Operação Lava Jato. Os dois executivos, que ainda são acionistas da Avianca Holding, foram detidos no bairro de Santa Cecília, região central da capital paulista. As informações são da “CNN”.
A ação da PF, denominada “Navegar é Preciso”, faz parte da 72ª fase da operação Lava Jato, que investiga fraudes em licitações e pagamento de propina envolvendo executivos da subsidiária de transporte da Petrobras, Transpetro, e do estaleiro, situado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Os dois estaleiros que estão vinculados aos empresários, que foram presos nesta manhã, não operam desde 2015 e pediram recuperação judicial.
Um dos estaleiros, o modelo Panamax, teria sido contratado por R$ 857 milhões para fornecer os navios da empresa. Na transação, teriam pago propina a executivos da controlada da Petrobras. O prejuízo para a Transpetro com o negócio, classificado pela Polícia Federal como “assombroso”, é estimado em cerca de R$ 611 milhões. De acordo com os investigadores, as propinas teriam sido depositadas através de várias transferências em contas bancárias estrangeiras.
A Transpetro informou, em nota, que “desde o princípio das investigações, colabora com o Ministério Público Federal e encaminha todas as informações pertinentes aos órgãos competentes”. Além disso, a subsidiária da Petrobras afirmou é vítima nestes processos está apoiando com o que pode para o sucesso das investigações da Operação Lava Jato.
Falência da Avianca, companhia que era liderada pelos empresários presos na Lava Jato
Em recuperação judicial desde dezembro de 2018 e sem operar desde maio de 2019, a Avianca Brasil teve a falência decretada pela Justiça no dia 14 de julho deste ano. A medida foi tomada após o pedido da própria empresa, que possuía dívidas de cerca de R$ 2,7 bilhões.