IRB (IRBR3) levanta R$ 2,07 bilhões com aumento de capital
O IRB Brasil (IRBR3) informou, na noite da última segunda-feira (17), que foi encerrado o período para exercício do direito de preferência da subscrição de ações em seu aumento de capital, a qual levantou R$ 2,079 bilhões para a companhia. As informações foram divulgadas por meio de um comunicado ao mercado.
Segundo o IRB Brasil, os papéis subscritos a R$ 6,93 equivalem a cerca de 90,4% da quantidade máxima de ações ordinárias permitida no aumento de capital, de 331.890.331 ações. Assim, segundo a resseguradora, foram apuradas 31.806.474 ações em sobras, que serão rateadas pelo mesmo preço da subscrição, aprovado pelo Conselho de Adminsitração da companhia no mês passado.
O rateio das sobras será realizado entre esta terça-feira (18) e a próxima segunda-feira (24). De acordo com o documento divulgado pela empresa, os subscritores que tiverem manifestado interesse na subscrição de sobras terão direito de subscrever 0,11101283 nova ação para cada papel que tiverem subscrito inicialmente na operação. Ainda, caso nem todas as ações sejam alienadas, haverá um segundo período de rateio para conclusão do aumento de capital.
IRB divulga representação criminal contra irregularidades
O IRB informou, na última segunda-feira, via fato relevante, que apresentou representação criminal ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro sobre irregularidades encontradas nas demonstrações contábeis da companhia. A resseguradora, entretanto, não disse, em seu comunicado, quem são os alvos da representação.
A empresa salientou que estão incluídas as irregularidades divulgadas em 18 de fevereiro deste ano, “conforme desvios e manipulações contábeis, entre outras irregularidades identificadas pelas investigações internas e forenses realizadas, que levaram ao refazimento das demonstrações financeiras do exercício de 2019, conforme divulgado no Fato Relevante de 29 de junho de 2020″.
Todos esses imbróglios recentes do IRB tiveram início no começo de 2020, quando a gestora Squadra divulgou uma carta pública apontando erros no balanço da resseguradora. Com isso, polêmicas internas começaram a atingir a empresa, o que levou à saída do CEO e do CFO da companhia e ao refazimento das demonstrações financeiras dos últimos exercícios.