Trump permite perfuração de petróleo em área reservada do Ártico

O governo Trump anunciou que permitirá a perfuração de petróleo em áreas consideradas como “ecologicamente sensíveis” do Ártico, anteriormente inacessíveis para as petroleiras. Trata-se da mais nova medida do mandatário estadunidense para aliviar a supervisão ambiental da indústria antes das eleições presidenciais, que ocorrerão em novembro.

David Bernhardt, o secretário do interior dos Estados Unidos, assinou nesta segunda-feira (17) um programa de arrendamento de petróleo para o Arctic National Wildlife Refuge (ANWR). Tal medida permite a abertura de parte da área reservada, de 19,3 milhões de hectares, no Alasca para a perfuração de petróleo pela primeira vez após décadas de debate sobre o seu estatuto protegido.

A área é o lar de pássaros migratórios, ursos polares e outros animais selvagens, com pouca atividade humana, e ambientalistas têm se oposto veementemente aos esforços para abri-la para perfurações desde que foi estabelecida como uma reserva em 1980. A decisão de segunda-feira coloca em vigor um  lei de 2017 que autoriza o desenvolvimento econômico e industrial de um pedaço de 1,56 milhão de acres da reserva conhecida como Planície Costeira.

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“A liderança do presidente Trump pôs fim a mais de três décadas de inércia quando ele assinou a Lei de Reduções de Impostos e Empregos de 2017, exigindo que esses vastos recursos energéticos sejam desenvolvidos, contribuindo para a futura prosperidade econômica e segurança energética da América”, disse Bernhardt.

A medida é o exemplo mais recente do afrouxamento dos controles ambientais pela administração de Donald Trump antes da eleição presidencial, onde os candidatos ofereceram visões totalmente opostas sobre o futuro da energia elétrica norte-americana.

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De acordo com o plano de desenvolvimento do Ártico, o governo Trump pretende avançar com duas vendas de leasing de 400.000 acres cada. Uma transação ocorrerá antes de dezembro do próximo ano e a outra antes de dezembro de 2024. Bernhardt espera que a produção de petróleo na área comece em cerca de oito anos e que a atividade possa continuar por mais de 50 anos.

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Daniel Guimarães

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