Suzano (SUZB3) registra prejuízo de R$ 2,052 bi no 2T20

A Suzano (SUZB3) divulgou nesta quinta-feira (13) seu resultado do segundo trimestre de 2020. A gigante da celulose registrou um prejuízo de R$ 2,052 bilhões no período, revertendo um lucro líquido de R$ 699 milhões no segundo trimestre de 2019.

No primeiro trimestre do ano, a Suzano tinha registrado um prejuízo líquido de R$ 13,419 bilhões. Portanto, mesmo com a crise econômica provocada pelo coronavírus (covid-19), a empresa conseguiu reduzir o impacto negativo sobre seus resultados.

A receita líquida foi de R$ 7,996 bilhões, em aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado, quando tinham sido de R$ 6,665 bilhões.

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O Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Suzano chegou a R$ 4,180 bilhões entre abril e junho. Um crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado, quando esse valor tinha sido de R$ 3,101 bilhões.

“O trimestre foi marcado pela continuidade dos efeitos decorrentes da pandemia do Covid-19 sobre o ambiente no qual a Companhia está inserida”, escreveu a empresa explicando seus resultados, “No negócio de celulose, o forte volume de vendas proporcionou uma nova queda no seu nível de estoques e o bom desempenho do custo-caixa de produção, a despeito da pressão cambial, evidenciou a continuidade de ganhos estruturais de competitividade, impulsionados por sua vez pelas sinergias proporcionadas pela fusão com a Fibria”.

A empresa salientou que no negócio de papel, “o desempenho foi favorecido pelas exportações, mas impactado por reduções históricas de demanda como reflexo da pandemia principalmente no segmento de imprimir & escrever. A combinação de forte desempenho operacional com a desvalorização do BRL médio frente ao USD, contribuíram para o crescimento de 38% no EBITDA Ajustado em relação ao trimestre anterior ao atingir R$ 4,2 bilhões”.

A Suzano salientou como conseguiu reduzir sua dívida em dólares, assim como a alavancagem – medida pela dívida líquida/EBITDA Ajustado dos últimos doze meses, nesse segundo trimestre.

Vendas de celulose da Suzano aumentam mesmo na pandemia

As vendas de celulose aumentaram 20% na comparação anual, com R$ 2,778 bilhões em 2020 contra R$ 2,214 do segundo trimestre de 2019. Mas em queda de 4% em relação aos primeiros três meses do ano, quando tinha sido de R$ 3,124 bilhões.

O papel, por sua vez, registrou uma redução das vendas de 22%, passando de R$ 301 milhões entre janeiro e março para R$ 235 milhões de abril até junho. Em comparação com os primeiro três meses do ano esse valor registrou uma queda de 12%, pois tinha sido de R$ 268 bilhões na época.

A Suzano salientou como “as vendas de celulose se mostraram resilientes ao longo do segundo trimestre de 2020 diante dos desafios do cenário macroeconômico decorrentes da pandemia do COVID-19. A demanda por celulose foi beneficiada, em um primeiro momento, pelo crescimento da demanda de papéis sanitários (Tissue) e, ao fim do trimestre, sofreu impacto da desaceleração de consumo de papéis de imprimir & escrever e especialidades”.

O preço líquido médio em dólares da celulose comercializada pela Suzano no 2T20 foi de US$ 466/ton, representando um aumento de US$ 4/ton frente ao 1T20. Com relação ao preço médio realizado no 2T19, houve uma queda de US$ 162/ton (-26%) resultante da correção do preço da celulose no mercado global no período.

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Carlo Cauti

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