Dólar registra queda de 1,563%, a R$ 5,37, com política e dados dos EUA
O dólar americano fechou o pregão desta quinta-feira (13) em queda de 1,563%, negociado a R$ 5,3675, com dados dos Estados Unidos e política doméstica em xeque.
A moeda norte-americana caiu após registrar fortes ganhos na sessão anterior, enquanto os investidores repercutiam os dados semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos. O dólar ainda refletiu o andamento das negociações no Congresso estadunidense para a aprovação de um novo pacote de estímulos para conter os impactos da pandemia.
O mercado também esteve atento às tensões vinculadas ao Palácio do Planalto. O ministro da Economia, Paulo Guedes, salientou sua desejo de manutenção do teto de gastos, ao passo que crescem as pressões para que o governo federal desembolse dinheiro para lidar com os efeitos da pandemia no Brasil.
Dessa forma, confira agora as principais notícias que mexeram com o mercado de câmbio nesta quinta-feira:
- BID aprova empréstimo de US$ 1 bi ao Brasil para custeio de programas
- Mourão diz que reforma administrativa está “pronta” e só depende de Bolsonaro
- Seguro-desemprego nos EUA têm menor número de pedidos desde março
BID libera US$ 1 bi ao Brasil para programas
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou um empréstimo de US$ 1 bilhão (cerca de R$ R$ 5,37 bilhões) ao Brasil para o financiamento de programas emergenciais para mitigar impactos da crise.
Desse total, US$ 400 milhões serão voltados para o custeio do auxílio emergencial. O governo federal irá investir R$ 254,4 bilhões para bancar as cinco parcelas previstas do benefício. Enquanto isso, o Bolsa Família deve receber US$ 200 milhões e o restante, de US$ 400 milhões, deverá ser destinado ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, coordenado pelo Ministério da Economia.
Reforma administrativa está “pronta desde o começo do ano”
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, declarou a reforma administrativa está “pronta” desde o início deste ano e envio ao Congresso só depende da “decisão política” do presidente Jair Bolsonaro. O general ainda afirmou acreditar que o texto deverá contar com a “boa vontade” dos parlamentares.
“A reforma está pronta, ela está pronta desde o começo do ano. Compete ao presidente, por meio de uma decisão política, remetê-la ao Congresso. Acho que o Congresso está com boa vontade para receber essa reforma e trabalhar nela”, informou o vice-presidente.
Seguro-desemprego nos EUA cai
O número de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu para o menor patamar desde meados de março, no pico da pandemia do novo coronavírus. De acordo com informações do Departamento do Trabalho, foram realizados 963 mil pedidos na semana encerrada no último sábado (8), com ajuste sazonal.
Na semana anterior, o número de pedidos de seguro-desemprego foi de 1,191 milhão. O auxílio emergencial de US$ 600 semanais pode ter colaborado com a queda do número de pedidos.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou com uma valorização de 0,698%, cotado a R$ 5,4527.