Copom corta Selic em 0,25 p.p. e taxa de juros cai para 2%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu em unanimidade, após sua 232ª reunião desta quarta-feira (5), cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25%. Com o novo corte, a taxa caiu para 2% ao ano, uma nova mínima histórica.

Na última segunda-feira (3), segundo o Boletim Focus, os analistas das 100 maiores instituições do mercado financeiro brasileiro apresentaram uma previsão de uma Selic que terminará o ano na casa de 2%. O comitê composto pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, e membros da diretoria colegiada da autoridade monetária central cortaram a taxa exatamente até esse nível.

A decisão vem em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na economia, que deve levar o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano a uma das maiores quedas da história. O Focus estima que o PIB brasileiro deva cair 5,66% em 2020.

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“O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno. Consequentemente, eventuais ajustes futuros no atual grau de estímulo ocorreriam com gradualismo adicional e dependerão da percepção sobre a trajetória fiscal, assim como de novas informações que alterem a atual avaliação do Copom sobre a inflação prospectiva”, salientou o Banco Central na nota que acompanhou a decisão.

Banco Central explica razão do corte da Selic

“No cenário externo, a pandemia da Covid-19 continua provocando a maior retração econômica global desde a Grande Depressão. Nesse contexto, apesar de alguns sinais promissores de retomada da atividade nas principais economias e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador”, explicou o Banco Central.

Segundo o Copom, “diversas medidas de inflação subjacente permanecem abaixo dos níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária”. Para o órgão do Banco Central, as expectativas de inflação para 2020, 2021 e 2022 encontram-se em torno de 1,6%, 3,0% e 3,5%, respectivamente.

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Jader Lazarini

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