Reforma tributária pode elevar PIB per capita em 4,2%, diz Itaú (ITUB4)
Economistas do Itaú Unibanco (ITUB4), divulgaram relatório nesta terça-feira (4) no qual destacou que uma reforma tributária que alinhe o Brasil a padrão global pode resultar em um aumento de 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, ante um cenário sem reforma.
O documento, que considera a média mundial no índice de pagamento de impostos do relatório “Doing Business”, do Banco Mundial, ressaltou o desequilíbrio fiscal do Brasil em relação a outros países. Dessa forma, o Itaú salientou que uma reforma somente deve lidar com simplificações da estrutura tributária sem considerar reduções da carga no curto prazo, mesmo que uma menor carga tributária seja desejável a médio prazo.
O governo federal visa, por meio da primeira parcela da reforma enviada ao Congresso, substituir as contribuições ao PIS/Cofins por um imposto semelhante a um Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Com isso, a administração de Jair Bolsonaro espera simplificar o modo de apuração dos tributos, com potencial de redução da carga tributária brasileira.
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Os economistas, todavia, apontam que o impacto do PIS/Cofins no problema tributário é modesto, de maneira que os ganhos seriam mais elevados se revistos outros tributos, em todas as esferas federativas.
Itaú estima PIB per capita com base no ambiente tributário
Os economistas estimaram um modelo relacionando o PIB per capita dos países com o ambiente tributário para avaliar o efeito de uma implicação tributária no crescimento do País. A relação é medida pelo índice de pagamento de impostos calculado pelo Banco Mundial.
O modelo de cálculo contempla fatores fundamentais para a determinação do PIB, tais como:
- investimento (medida de formação bruta do capital fixo em relação ao PIB);
- capital humano (percentual da população que possui diploma até o ensino médio).
Conforme análise dos economistas, a cada dez pontos de ganho no índice de pagamento de impostos, o PIB per capita sobe 1,2%. Nesse sentido, se o Brasil, com 34 pontos, realizar a reforma tributária e convergir para a média mundial, de 70 pontos, o indicador cresceria 4,2%.