Ibovespa fecha em leve baixa de 0,08% em desacordo com Wall Street
O Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira (3) próximo da estabilidade, em leve queda de 0,08% a 102.829,96 pontos, sem viés definido, se descolando das bolsas de Nova York.
O principal índice acionário da bolsa brasileira, que abriu em leve alta, encerrou o primeiro pregão de agosto sem direção definida e fechou na contramão de Wall Street. Ao contrário do Ibovespa, os benchmarks norte-americanos subiram puxados pelas ações de grandes companhias de tecnologia.
Os papéis da Microsoft subiram mais de 5% após serem reveladas informações de que a companhia mantinha negociações para comprar as operações do TikTok nos Estados Unidos, da chinesa ByteDance. A rede social é alvo de tensões com o governo do presidente Donald Trump em meio à escalada das tensões com a China.
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Além disso, mais uma vacina contra o novo coronavírus, da farmacêutica Eli Lilly, chegou à sua fase 3 de testes. Ao mesmo tempo, avançam as discussões no Congresso americano para a aprovação de um pacote de US$ 1 trilhão em estímulos para fortalecer a maior economia do mundo.
Com isso, veja quais foram as principais notícias que afetaram o Ibovespa nesta segunda-feira:
- Erros contábeis da CVC somam R$ 362 milhões
- IRB Brasil tem prejuízo de R$ 392,5 mi em abril-maio
- JSL estuda oferta de ações após reorganização societária
- Azul fecha 2T20 com R$ 2,3 bilhões em caixa
CVC reporta R$ 362 mi em erros contábeis
A CVC (CVCB3) informou que concluiu o processo de revisão e reconciliação das demonstrações financeiras em 2019, realizado em decorrência da identificação de distorções em determinadas contas contábeis e reportou uma total de R$ 362,3 milhões em erros contábeis, superior ao valor estimado anteriormente de R$ 350 milhões.
Os erros contábeis não terão impacto sobre a geração e os saldos de caixa reportados nas demonstrações financeiras, “uma vez que o capital de giro reportado no período seria diminuído no mesmo montante; e o s valores foram devidamente transferidos aos fornecedores”, comunicou a CVC.
IRB tem prejuízo de R$ 392,5 mi
O IRB Brasil (IRBR3) informou que obteve um prejuízo de R$ 392,5 milhões no bimestre abril-maio, segundo publicado pela empresa em periódico mensal enviado à Superintendência de Seguros Privados (Susep), por meio do Formulário de Informações Periódica (FIP).
Dessa forma, de acordo com a companhia, o prêmio de competência, também conhecido como prêmios ganhos, foi de R$ 1,58 bilhão, mas os sinistros retidos foram de R$ 1,354 bilhão – o que representa cerca de 123% de sinistralidade.
“Com isso deveremos apresentar uma redução profícua de prêmios no mercado internacional e de resultados notadamente com margem de contribuição negativas. Espera-se que o runoff desses negócios e seus efeitos sejam de ‘cauda de curto prazo essencialmente’ em termos de resultados, e terão seus efeitos apresentados separadamente por ocasião das próximas informações trimestrais”, informou a companhia.
JSL estuda oferta de ações após reorganização societária
A JSL (JSLG3) comnuicou que pretende realizar uma oferta pública de ações com esforços restritos, ou seja, para investidores qualificados. A companhia destacou que emissão dos papéis ordinários está em “linha com os objetivos descritos na proposta de reorganização societária”, quando passará a ser uma subsidiária da holding Simpar, assim como as demais empresa sob o atual guarda-chuva da JSL: Movida (MOVI3), Grupo Vamos, CS Brasil e Original Concessionárias.
A oferta terá por objetivo levantar recursos para a companhia, que uma vez que aprovada a reorganização societária, passará a se dedicar exclusivamente às suas atividades operacionais logísticas, informou a empresa.
Azul fecha 2T20 com R$ 2,3 bilhões em caixa
A Azul (AZUL4) encerrou o segundo trimestre deste ano com uma posição de caixa de R$ 2,3 bilhões. Segundo a aérea, o número superou o resultado do mesmo período de 2019, quando a empresa possuía R$ 2,2 bilhões em caixa e equivalentes, investimentos de curto prazo e contas a receber. Além disso, o valor também superou a projeção da empresa, que estimava terminar o segundo trimestre de 2020 com R$ 2 bilhões em caixa.
A companhia esperava uma queima de caixa diária entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões em maio e junho, acabou aumentando a posição no período. Para o restante do ano, no entanto, a empresa estima uma queima de caixa diária de aproximadamente R$ 3 milhões por dia sem amortizações de dívidas, “resultante das negociações em andamento com seus parceiros financeiros”.
Bolsas no exterior
- Nova York (S&P 500): +0,72% – 3.294,61
- Londres (FTSE 100): +2,29% – 6.032,85
- Frankfurt (DAX 30): +2,71% – 12.646,98
- Paris (CAC 40): +1,93% – 4.875,93
- Xangai (SSEC): +0,75% – 3.367,97
- Hong Kong (Hang Seng): -0,56% – 24.458,13
- Tóquio (Nikkei 225): +2,24% – 22.195,38
Última cotação do Ibovespa
Na sessão da última sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 2%, cotado a 102.912,24 pontos.