Dólar salta 1,151% para R$ 5,22, mas fecha maior queda mensal de 2020
O dólar estadunidense fechou a sessão desta sexta-feira (31) em alta de 1,151%, negociado a R$ 5,2185, porém registrou a maior queda acumulada mensal do ano.
Apesar da valorização de 0,25% nesta semana, a moeda americana acumulou em julho a maior baixa de 2020. O dólar caiu 4,07% no mês, a maior queda desde dezembro do ano anterior.
O resultado refletiu a ainda abundante liquidez, fruto das medidas de injeção de dinheiro pelos governos para mitigar os efeitos da pandemia, e o surgimento de dúvidas quanto à recuperação da economia dos Estados Unidos.
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O mercado precificou os números divulgados pela maior economia do mundo, que registrou uma queda de 32,9% no segundo trimestre. A Alemanha, por sua vez, tida como um país exemplo no combate à covid-19, registrou uma baixa de 0,1% no PIB.
Com isso, veja quais foram as notícias que movimentaram o mercado de câmbio:
- Déficit do setor público bate R$ 188,6 bi em junho
- Congresso dos EUA rejeita extensão do coronavoucher
- Wells Fargo vendeu ativos na queda do mercado em março
Déficit do setor público bate R$ 188,6 bi em junho
O setor público consolidado, que considera governo federal, estados, municípios e estatais (com exceção à Petrobras e Eletrobras), registrou um déficit primário de R$ 188,68 bilhões em junho deste ano.
Conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC), o número representa o maior rombo fiscal em um único mês na série história da autoridade monetária. Em maio, o déficit havia sido de R$ 131,43 bilhões.
EUA rechaça extensão do coronavoucher
O Congresso norte-americano rejeitou uma proposta da Casa Branca de prolongar o coronavoucher por algumas semanas, que expirará nesta sexta-feira (31). A extensão dos benefícios para desempregados valeria enquanto um novo pacote é formulado e votado no Congresso.
A rejeição da nova proposta faz com que milhões de americanos, dependentes do coronavoucher, temam uma grande queda na renda mensal. Os EUA sofrem com os efeitos da pandemia do coronavírus que provocam um forte aumento no desemprego na maior economia do mundo.
Wells Fargo vendeu ativos em queda do mercado
O Wells Fargo (NYSE: WFC) vendeu milhões de dólares em ativos durante o colapso do mercado em março deste ano para evitar problemas com o Federal Reserve (Fed), segundo o jornal “The Wall Street Journal”.
Desde o envolvimento em um escândalo relacionado a contas falsas e fraudulentas nos Estados Unidos em 2016, o Wells Fargo foi obrigado pelo banco central norte-americano a limitar a movimentação de dinheiro, dificultando o aumento de seus ativos e de seu crescimento como instituição financeira.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou em queda de 0,255%, cotado em R$ 5,1591.