Oxford Economics prevê baixo rendimento nos Treasuries por muito tempo

A consultoria britânica Oxford Economics indicou nesta quarta-feira (29) que prevê que os rendimentos dos títulos de dívida do governo norte-americano continuem baixos por muito tempo. Segundo a instituição, os impactos do coronavírus (covid-19) na economia causam essa situação.

Em comunicado, a Oxford Economics entende que “as consequências da pandemia reforçarão a tendência de baixa nas taxas de longo prazo nos Estados Unidos”. Dessa forma, o controle da curva de juros, técnica usada pelo Banco Central dos EUA para fornecer os estímulos econômicos, pode deixar de ser necessária.

Além disso, a consultoria explicou “que qualquer aumento nos rendimentos seja gradual e limitado, com os principais rendimentos do Tesouro de 10 anos lutando para chegar a 2% até 2024”.

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De acordo com a Oxford Economics, até mesmo um nível de 2% para o rendimento de um título com maturidade de 10 anos representa um recorde para os EUA. Considerando o fato desse rendimento nunca ter ficado em níveis tão baixos, o estudo da consultoria questiona a necessidade do Fed de tomar medidas ativas para diminuir ainda mais o número.

Até o momento, os Treasuries com maturidade de 10 estão sendo negociados a uma taxa de rendimento de 0,581%, contribuindo para os baixos custos de empréstimos ao redor do mundo durante a pandemia do coronavírus.

Previsão da Oxford Economics acompanha outras estimativas do mercado

O preço do ouro subiu para um novo recorde na última segunda-feira (27), ao mesmo tempo que a recente desvalorização do dólar impulsionou investidores a buscarem ativos que reservam valor. A atitude do mercado ocorre em meio a uma extensão da incerteza sobre a economia mundial.

Veja também: Fed debate opções para fornecer mais apoio econômico aos EUA

O recorde desta segunda-feira representou um marco histórico para a corrida bullish da commodity, ao lado das altas registradas entre 2008 e 2011 e o final da década de 1970. As perspectivas sombrias para a economia mundial, o declínio nas taxas de juros, as tensões crescentes entre os EUA e a China e a depreciação do dólar alimentaram o movimento de alta, já que os investidores compraram ativos que consideram ser mais seguros. Tal situação também contribui para as estimativas da Oxford Economics.

Daniel Guimarães

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