Futuros de NY operam em leve alta à espera do Fed; Nasdaq sobe 0,4%
Os mercados futuros de Nova York operam em alta na manhã desta quarta-feira (29), à espera do resultado da reunião do Federal Reserve (Fed), que decidirá sobre os próximos passos da política monetária norte-americana. As bolsas europeias operam sem direção definida, enquanto os mercados asiáticos fecharam em majoritária alta.
Por volta das 7h15, os mercados futuros dos EUA operavam no azul. A Nasdaq avançava 0,44%, a 10.586,38 pontos. A bolsa da tecnologia já subiu quase 15% neste ano, superando sua máxima histórica, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Os investidores permanecem atentos às decisões da autoridade monetária central dos Estados Unidos quanto à perspectiva para a recuperação da atividade econômica. Não se espera que o Fed adote novas medidas de estímulos financeiros, mas analistas prevêem políticas de apoio à economia neste momento.
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A reunião do Fed, iniciada na última terça-feira (28), terá suas considerações publicadas às 15h (horário de Brasília) desta quarta-feira, com o presidente da autarquia, Jerome Powell, realizando uma entrevista coletiva em seguida. Na última terça-feira, o Fed informou que manterá até o fim do ano o programa de empréstimos emergenciais, prevista para acabar em setembro.
No mesmo horário, o Dow Jones operava estável, subindo 0,04%, para 26.308,0 pontos. O S&P 500 futuro apresentava uma alta de 0,18%, para 3.218,88 pontos. O mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou o pregão da última terça-feira com uma baixa de 0,65%.
“O Fed pode não anunciar nada de novo, mas há uma suposição de que a política monetária e fiscal estará lá para preencher a lacuna”, disse Chris Chapman, gerente de portfólio da Manulife Investment, à “Bloomberg”.
O mercado também segue de olho na temporada de divulgação dos resultados corporativos do segundo trimestre deste ano. Ao longo desta semana, cerca de 40% das empresas que compõem o S&P 500 apresentarão seus números referentes ao período de abril a junho.
Na última terça-feira, McDonald’s e Pfizer divulgaram quedas no lucro líquido. Nesta quarta-feira, Spotify, Boeing e GM, entre outras, divulgarão seus balanços trimestrais.
Segundo analistas, os lucros das grandes empresas, embora tenha majoritariamente caído na comparação anualizada, superaram as expectativas pessimistas para o segundo trimestre. Segundo o FactSet, até agora, 78% das empresas superaram as previsões.
Na Europa, diferentemente dos futuros de Nova York, as bolsas operam sem direção clara, após a queda generalizada da última terça-feira. Por volta das 7h30, o DAX 30, índice alemão, operava com uma queda de 0,10%, a 12.823,05 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava +0,70%, para 4.963,23 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava um avanço de 0,35%, para 6.149,95 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma queda de 0,74%, a 19.754,50 pontos, acima do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 0,04%, para 3.304,98 pontos.
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As bolsas asiáticas, por sua vez, seguem de olho nas tensões geopolíticas entre China e Estados Unidos, mas encerraram as negociações em alta. A bolsa de Xangai, a SSE Composite, subiu 2,06%, para 3.294,55 pontos.
A bolsa do Japão, Nikkei 225, fechou o pregão com uma queda de 1,15%. O principal índice de Hong Kong, o Hang Sang, por sua vez, fechou com um avanço de 0,45%, a 24.883,14 pontos. Já a KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando +0,27%.
Às 7h45, o petróleo WTI apresentava uma alta de 1,10%, sendo negociado a US$ 41,49 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava um avanço de 1,22%, a US$ 44,14 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de crescimento após a gradual recuperação da demanda pelo produto.
Os mercados futuros e bolsas globais seguem atentas às incertezas causadas não somente pela pandemia, mas também pelas tensões globais acentuadas por ela, embora dados recentes e resultados corporativos demonstrem certa recuperação da atividade econômica.