Pfizer registra lucro líquido de US$ 3,42 bilhões no 2T20, queda de 32%
A farmacêutica norte-americana Pfizer (NYSE: PFE) apresentou, nesta terça-feira (28), um lucro líquido de US$ 3,42 bilhões (cerca de R$ 17,73 bilhões) referente ao segundo trimestre deste ano. O valor equivale a uma queda de 32% em comparação ao mesmo período de 2019.
O lucro líquido ajustado da Pfizer, no entanto, recuou 3%, para US$ 4,40 bilhões. Com o resultado, o lucro por ação (LPA) da empresa foi de US$ 0,61, frente aos US$ 0,89 registrados durante o período de abril a junho do ano passado.
A receita total da companhia no segundo trimestre foi de US$ 11,8 bilhões — incluindo as unidades Upjohn e Biopharma — uma retração de 11% na mesma base comparativa. O resultado reflete uma baixa operacional de 9% e um efeito negativo do câmbio.
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De acordo com a diretoria da companhia, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) provocou uma baixa de US$ 500 milhões ou 4% na receita líquida durante o período em questão, sobretudo devido à queda nas consultas médicas nos Estados Unidos e menor demanda por alguns produtos na Ásia.
A Pfizer divulgou seu guidance para este ano, no entanto, passou a considerar as expectativas atuais para o desempenho operacional, câmbio e as incertas ligadas à crise. A empresa espera que consultas médicas, procedimentos cirúrgicos eletivos e vacinações voltem a aumentar, de forma gradual, a partir do terceiro trimestre.
“Haverá uma melhoria gradual no acesso aos profissionais de saúde dos EUA para colegas da força de vendas, e os investimentos da empresa em tratamentos e uma potencial vacina para a Covid-19 continuação ao longo de 2020. No entanto, orientações financeiras não incluem receitas de uma potencial vacina”, diz o documento da companhia.
A farmacêutica aumentou a previsão de receita total para o intervalo de US$ 48,6 bilhões até US$ 50,6 bilhões neste ano. Antes, a estimativa da diretoria era de um faturamento entre US$ 48,5 bilhões e US$ 50,5 bilhões. O lucro líquido ajustado do ano deve ficar entre US$ 2,85 e US$ 2,95 por ação.
Vacina do governo dos EUA será produzida por Pfizer e BioNTech
O governo dos Estados Unidos fechou um contrato com a Pfizer e a BioNTech para o forcencimento de 100 milhões de doses da vacina experimental contra o coronavírus. O com o objetivo de distribuí-las gratuitamente, a Casa Branca pagará US$ 1,95 bilhões (cerca de R$ 9,94 bilhões) às empresas.
Segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país, ainda haverá a possibilidade de aquisição de mais 500 milhões de doses adicionais da vacina BNT162, caso aprovada pelo órgão regulador. A Pfizer faria o medicamento.
Confira: Pfizer e BioNTech iniciam teste final para vacina contra coronavírus
Nenhuma vacina em desenvolvimento é comprovadamente efetiva contra o coronavírus. Não somente os Estados Unidos, mas diversos países estão realizando investimentos para garantir possíveis vacinas assim que estiver disponíveis.
Por mais que o intuito é que as doses sejam distribuídas gratuitamente pelo governo estadunidense, a Pfizer, com sede em Nova York, e a BioNTech, da Alemanha, não informaram detalhes sobre o preço unitário da vacina.