Dólar fecha em alta de 1,938% a R$ 5,21 com tensões entre EUA-China
O dólar americano encerrou as negociações desta quinta-feira (23) em alta de 1,938%, a R$ 5,2134 na venda, com tensões entre os Estados Unidos e a China e dados temores quanto ao ritmo de recuperação norte-americano.
O dólar fechou em alta após três dias consecutivos de quedas acentuadas nas últimas sessões, em meio a um sentimento de aversão ao risco nos mercados internacionais.
Os investidores mostraram u preocupações com a escalada das tensões entre as duas maiores potências econômicas do mundo depois de polêmica envolvendo o fechamento do consulado chinês no estado do Texas, nos Estados Unidos. O mercado está atento aos futuros impactos sobre o pacto comercial entre os dois países.
Além disso, o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego teve alta na semana passada pela primeira vez em quatro meses, levantando dúvidas sobre a capacidade de recuperação da maior economia do mundo.
Com isso, veja as principais notícias que agitaram os ânimos no mercado de câmbio:
- China fala em reação aos EUA após fechamento do consulado
- Desemprego no Brasil deve crescer nos próximos meses, diz IBGE
- Pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA sobem
China X EUA
O porta-voz da chancelaria da China, Wang Wenbin, afirmou em entrevista coletiva que o país “precisa escolher uma reação necessária e salvaguardar seus direitos legítimos” após as “reações insensatas” dos Estados Unidos.
A repercussão aconteceu após os norte-americanos determinarem o fechamento do consulado chinês em Houston, no Texas, com o objetivo de proteger a “propriedade intelectual e as informações privadas dos estadunidenses”. O porta-voz da China classifica as alegações dos Estados Unidos como “calúnia mal-intencionada”.
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Segundo veículos de impresa chineses, a potência asiática pode fechar consulados norte-americanos em seu território como forma de retaliação. “Isto está destruindo a ponte de amizade entre o povo da China e os EUA”, disse o porta-voz.
Desemprego no Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comunicou que o desemprego no Brasil tem deve continuar avançando nos próximos meses, mesmo com a perspectiva de abertura econômica levando a uma melhora na economia. O total de desempregados no País cresceu 16,6% em junho ante maio, alcançando 11,8 milhões de brasileiros.
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O diretor adjunto de pesquisas do instituto, Cimar Azeredo, explicou que o motivo da taxa de desemprego ter tendência de crescimento é porque o número de novos empregos se resumirá nos próximos meses. “O desemprego vai aumentar à medida que abrir o distanciamento social. Isso efetivamente vai acontecer. Teria de haver uma reação muito forte na geração de empregos para evitar isso”, salientou o diretor adjunto.
Pedidos de seguro-desemprego nos EUA
O número de novos pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos anotaram a primeira alta desde o início da pandemia, segundo dados do Departamento do Trabalho norte-americano.
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Os pedidos cresceram 109.000 para 1.4 milhões com ajuste sazonal na semana encerrada em 18 de julho, à medida que alguns estados norte-americanos reverteram a reabertura da economia.
O resultado semanal representa uma interrupção do que havia sido uma descida constante de um pico de 6,9 milhões no final de março, quando a pandemia e os negócios fecharam partes da economia dos EUA.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em queda de 1,865%, cotado em R$ 5,11 na venda.