China: Após fechamento de consulado, reação aos EUA é necessária
Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (23), o porta-voz da chancelaria da China, Wang Wenbin, disse que o país “precisa escolher uma reação necessária e salvaguardar seus direitos legítimos” após as “reações insensatas” dos Estados Unidos.
Na manhã da última quarta-feira (22), o país norte-americano determinou o fechamento do consulado chinês em Houston, no Texas, com o objetivo de proteger a “propriedade intelectual e as informações privadas dos estadunidenses”. O porta-voz da China classifica as alegações dos Estados Unidos como “calúnia mal-intencionada”.
O senador Marco Rubio, integrante do Partido Republicano e presidente interino do Comitê de Inteligência do Senado, escreveu em sua conta pessoal do Twitter que o consulado era o “nódulo central da vasta rede de espiões e operações de influência do Partido Comunista nos Estados Unidos”.
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“Isto está destruindo a ponte de amizade entre o povo da China e os EUA”, disse o porta-voz da gigante asiática.
Segundo veículos de impresa da China, o país pode fechar consulados norte-americanos em seu território, como Chengdu, no sudoeste chinês, e em Wuhan. No entanto, segundo Hu Xijin, editor do “Global Times”, fechar o consulado de Wuhan não causaria transtorno suficiente.
Por isso, a China estaria focando no consulado norte-americano em Hong Kong, cidade semi-autônoma que está sob uma nova lei de segurança nacional expedida pelo Partido Comunista.
Hu disse que os Estados Unidos possuem um grande consulado na cidade e que é “óbvio demais que o consulado é uma central de inteligência”. “Mesmo que a China não o feche, poderia então reduzir seu pessoal a uma ou duas centenas. Isso fará Washington sofrer muito”, escreveu o editor.
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A Casa Branca deu 72 horas para que a China fechasse o consulado, escalando as tensões entre os países, já agravada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), crescimento da tecnologia 5G chinesa no mundo e a interferência do país em Hong Kong.