Argentina: credores rejeitam oferta de swap e fazem nova proposta
Os três grandes grupos de credores da Argentina informaram nesta segunda-feira (20) que se recusaram a participar da nova oferta de swap de cerca de US$ 66 bilhões (equivalente a R$ 352,44 bilhões) em títulos de dívida e fizeram outra proposta ao governo do presidente Alberto Fernández.
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“A oferta da Argentina está aquém do que os grupos de credores podem aceitar”, comunicaram os credores, em nota, ressaltando que não irão participar do swap, cujo prazo se encerra em 4 de agostos, formulado pelo governo argentino.
Os grupos de credores se mostraram confiantes de que uma “solução de consenso” poderá ser atingida, de forma a se garantir a “sustentabilidade econômica futura para o povo argentino”.
Três grandes grupos de credores da Argentina teriam poder de veto sobre proposta
Os grupos Exchange Bondholders, Ad Hoc e Argentina Creditor Committee comunicaram representar o correspondente a um terço dos detentores de títulos argentinos emitidos sob lei estrangeira e sujeitos a swap. Dessa forma, o percentual poderia lhes dar o poder de veto nesta proposta de reestruturação de dívida.
A oferta do governo argentino inclui títulos de 2005 e 2010, resultado de uma reestruturação anterior da dívida e outros emitidos a partir de 2016. Nestes, a porcentagem mínima de adesão deve ser de 66,5% para que o swap seja válido. Nos de 2005 e 2010, por sua vez, o valor aumenta para 85%, afirmou o economista Nery Persichini à agência “AFP”.
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Apesar de os credores não terem dados detalhes sobre a proposta encaminhada à Argentina, os três grandes grupos informaram que a oferta daria suporte às demandas urgentes do país vizinho, assim como seria uma solução que permitiria o acesso ao mercado de capitais e ofereceria o marco legal necessário para incentivar investimentos.