Tesouro dos EUA propõe perdoar os empréstimos das pequenas empresas
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, sugeriu ao congresso nesta sexta-feira (17) que os empréstimos feitos pelo Paycheck Protection Program (PPP) às pequenas empresas fossem perdoados. Trata-se da concessão de crédito comercial do governo federal estadunidense para ajudar empresas e empregadores a manterem o salário dos funcionários.
Além de perdoar automaticamente os empréstimos menores à US$ 150 mil (cerca de R$ 807 mil) feitos às pequenas empresas, o Departamento do Tesouro dos EUA também acredita que o governo deveria oferecer uma segunda ajuda financeira a empresas afetadas pela pandemia do coronavírus (covid-19).
Os comentários foram feitos em uma audiência do Comitê de Pequenas Empresas do Congresso norte-americano, onde parlamentares de ambas as partes sinalizaram que desejam oferecer mais ajuda às pequenas empresas enquanto os EUA continuam lutando contra os efeitos nocivos do coronavírus.
Uma medida, como a que foi proposta, representaria 86% dos cerca de 4,9 milhões de empréstimos PPP emitidos até o momento, e cerca de 27% dos US$ 520 bilhões já emprestados. Se não houver uma alteração na lei, todas essas empresas terão que solicitar um pedido de perdão de seus empréstimos, documentando que usaram o dinheiro na folha de pagamento e em outras despesas qualificadas para o programa de proteção.
Déficit Público dos EUA aumenta após ajudar as pequenas empresas
O Tesouro dos EUA informou na última segunda-feira (13) que o déficit público do país totalizou US$ 864 bilhões (cerca de R$ 4,63 trilhões) em junho, valor próximo ao total registrado no ano fiscal de 2019. A instituição explicou que o aumento ocorre ao mesmo tempo que os gastos federais triplicaram para combater a pandemia do coronavírus (covid-19).
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No entanto, pesquisas realizadas nos EUA demonstraram que a ideia de transformar os empréstimos em subsídios para as pequenas empresas tem amplo apoio na comunidade empresarial. Em 9 de julho, mais de 100 associações de comércio escreveram ao Congresso apoiando a medida, representando concessionárias de automóveis, consultórios médicos, empresas imobiliárias, campos de golfe e muito mais.