Petróleo: Opep+ fecha acordo para reduzir cortes na produção
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e a Rússia (Opep+) entraram em acordo para que os cortes na produção de petróleo sejam reduzidos.
Segundo informações de representantes dos países do cartel, reportadas pelo jornal “Financial Times”, as reduções na produção de petróleo, que foram iniciadas em maio, deverão cair de 9,7 milhões de barris por dia, para 7,7 milhões diários a partir de agosto. A Opep+ se encontrará virtualmente nesta quarta-feira (15) para acertar as bases do acordo.
No entanto, o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, afirmou que a redução dos cortes na produção pode ser mais restrita que o previsto, uma vez que os países não cumpriram à risca as determinações acordadas anteriormente.
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Dessa forma, os cortes da produção da commodity ficariam em torno de 8,5 milhões de barris por dia, caso países como a Nigéria e o Iraque não ofertarem muitos barris no mercado.
Inicialmente, enquanto os efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) sobre a demanda pelo produto não haviam sido totalmente observados, a própria Arábia Saudita havia acelerado sua produção e oferta para pressionar os produtores rivais, criando uma guerra de preços, sobretudo frente à Rússia. Mas, desde então, mitigou esse posicionamento e mostrou-se mais conciliatória para administrar o mercado.
O país, que lidera a Opep neste ano, deseja manter os Estados Unidos afastados dessa discussão. O presidente Donald Trump enfrentará as eleições presidenciais em novembro, ao passo que a potência norte-americana está no começo de uma recessão prevista. Além disso, executivos de empresas de petróleo xisto procuraram manter o preço da commodity em baixa durante os últimos meses — isso incentivou a Opep a entrar em acordo em maio e reduzir a produção.
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Alexander Novak, ministro da energia da Rússia, disse nesta quarta-feira que os países petrolíferos estão entrando em uma “segunda fase” sobre o entendimento acerca dos cortes, que há quatro meses vem tentando minimizar o colapso da demanda por conta da pandemia.
Por volta das 12h55, o petróleo WTI apresentava uma alta de 1,14% no mercado futuro, sendo negociado a US$ 40,75 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava um avanço de 1,12%, a US$ 43,38 o barril.