Zona do euro: vendas no varejo superam expectativas do mercado
As vendas no varejo da zona do euro mostraram uma forte recuperação em maio, quando as medidas de combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foram mitigadas. Segundo a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia (UE), o volume de vendas no setor foi 17,8% maior em comparação a abril deste ano. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (6).
A expectativa dos economistas era de um avanço menor, de 14%. No entanto, o forte desempenho do varejo da zona do euro ainda não foi suficiente para atingir o patamar imediatamente anterior à pandemia, em fevereiro, mantendo-se 7,4% abaixo — em razão das fortes baixas de março e abril.
Como destaque, no segmento de vestuário, as vendas em maio foram 147% superiores a abril, depois de serem registradas quedas de 54,7% e 55,5% nos dois meses anteriores, respectivamente.
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Segundo especialistas, as vendas no varejo da UE seguem um padrão similar ao observado nos Estados Unidos e sugere que a contração econômica registrada no segundo trimestre deste ano foi menos intensa do que o esperado, embora provavelmente seja o maior tombo já registrado.
Todavia, a Eurostat faz um adendo quanto o provável exagero do direcionamento dos gastos das famílias europeias ao varejo. Como resultado das medidas contrárias à disseminação do vírus, as famílias podem ter desviado parte dos gastos que costumeiramente são separados para restaurantes, bares e shopping centers para a compra de mercadorias, como roupas.
Em função do resultado reportado, acima do consenso esperado pelo mercado, as bolsas europeias operam com otimismo no início desta semana.
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Às 8h10, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 1,49%, a 12.716,30 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava um avanço de 1,81%, para 6.269,54 pontos. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário do bloco europeu, subia 1,72%%, para 3.351,14 pontos.
Além disso, dados econômicos mais recentes da maior economia da zona do euro, a Alemanha, mostram que a atividade das fábricas se recuperaram 10,4% em maio, após o tombo histórico de abril. A alta foi impulsionada por pedidos domésticos e estrangeiros.