Bolsas globais sobem após impulso chinês; S&P 500 avança 1,3%

As bolsas globais abriram a semana em forte alta nesta segunda-feira (6). O mercado futuro norte-americano opera com um avanço acima de 1%, a exemplo das bolsas asiáticas que fecharam otimistas com as projeções da recuperação econômica chinesa. O mercado europeu, por sua vez, também acompanha o viés empolgado.

Por volta das 7h15, o S&P 500 futuro operava com uma alta de 1,36%. Na última sexta-feira (3), o mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou em alta de 0,45%, a 3.130,01 pontos. As bolsas dos EUA encerraram o último pregão ganhos consistentes, verificados desde o início do mês passado.

O Dow Jones também subia, a 1,52%, para 26.149,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, operava com um avanço de 1,26%, a 10.486,00 pontos. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, caía 5,02%, a 28,38 pontos, seu patamar mais baixo em semanas.

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Os mercados mundiais mostram-se otimistas com a recuperação da economia global após o SSE Composite, de Xangai, encerrar o pregão disparando 5,71%, para 3.332,88 pontos.

Segundo analistas ouvidos pelo jornal estadunidense “The Wall Street Journal”, é difícil identificar um único fator para a alta desta segunda-feira, mas alguns apontam para um artigo publicado pelo jornal chinês estatal China Securities Journal. A publicação diz que promover um “mercado de alta saudável” era importante, uma vez que as relações internacionais estão cada vez mais complicadas para a China. Isso ocorre devido à intensa competição financeira e tecnológica, em meio aos riscos financeiros internos.

“O artigo era uma indicação clara de que o governo da China está determinado a apoiar a recuperação das ações locais. Eles são capazes de fazer isso. Eles provaram isso no passado, usando entidades estatais para comprar ações locais ”, afirmou Piotr Matys, estrategista de câmbio do Rabobank.

Entretanto, a economia real da maior potência do planeta ainda está longe de retomar o nível do período pré-pandemia. O banco Goldman Sachs reduziu as estimativas para o crescimento dos EUA no terceiro trimestre, projetando que os gastos dos consumidores ainda permanecerão retraídos.

“A disposição dos investidores em olhar através da atual interrupção [do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19)] para uma recuperação prevista neste trimestre está ameaçada pelo aumento das taxas de infecção”, disse Michael McCarthy, estrategista de mercados da CMC Markets Plc em Sydney, à “Bloomberg”.

Os outros mercados asiáticos acompanharam a onda de otimismo. A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com um avanço de 1,83%. Já em Hong Kong, a bolsa fechou com uma forte alta de 3,81%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações em +1,65%, registrando uma subida de 21% desde meados de março.

Já na Alemanha, maior economia da zona do euro, dados econômicos mais recentes mostram que a atividade das fábricas se recuperaram 10,4% em maio, após o tombo histórico de abril. A alta foi impulsionada por pedidos domésticos e estrangeiros. Além disso, as vendas do varejo da região, divulgadas na manhã desta segunda, mostram-se mais fortes que o esperado, superando as expectativas dos especialistas de 14%.

Às 7h35, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 1,72%, a 12.742,10 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava um avanço de 1,90%, para 6.274,95 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava +1,75%, para 5.094,74 pontos.

O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma alta de 1,80% , a 20.078,50 pontos, atingindo o nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 1,87%, para 3.355,93 pontos.

Saiba mais: China: economia recupera força após medidas rigorosas contra o covid-19

No mesmo horário, o petróleo WTI caía 0,12%, sendo negociado a US$ 40,59 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava um avanço de 1,03%, a US$ 43,24 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de alta após a gradual recuperação da procura pelo produto, enquanto as economias mundiais tentam reabrir suas atividades.

Seguindo o viés otimista observado ao longo do mês passado, as bolsas blobais e os índices futuros norte-americanos mostram-se esperançosos em uma forte recuperação dos ativos financeiros no período pós-coronavírus.

Jader Lazarini

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