Dólar encerra em queda de 0,55% durante feriado nos EUA
O dólar encerrou nesta sexta-feira (3) em queda de 0,55%, negociado a R$ 5,3175 na venda, em dia atípico no mercado financeiro devido ao fechamento das bolsas norte-americanas.
Pela manhã, o dólar operava em queda de 0,105%, sendo negociado a R$ 5,3413. O mercado acionário está atento ao aumento expressivo de casos de coronavírus nos Estados Unidos.
Os movimentos menos voláteis da moeda foram ocasionados pela menor liquidez no mercado acionário, já que as bolsas de valor norte-americanas estão fechadas devido ao feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos.
Além disso, os investidores, tanto no Brasil como no exterior, seguem atentos ao conflito intensificado entre os Estados Unidos a China, após Donald Trump indicar que planeja impor sanções ao país asiático devido ao controle sobre Hong Kong.
Confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa sexta-feira:
- China: economia recupera força após medidas rigorosas contra o coronavírus;
- Itaú (ITUB4) piora estimativa de déficit primário para 11% do PIB;
- Petrobras (PETR3): PDV reduz 22% dos empregados e economiza R$ 18 bi;
China: economia recupera força após medidas rigorosas contra o covid-19
Um indicador da atividade do setor de serviços da China, divulgado nesta sexta-feira (3) pela empresa Caxin China, subiu em junho para o seu maior nível em mais de uma década. O resultado vem como consequência do relaxamento das medidas de controle do coronavírus (covid-19) em diversas regiões do país, impulsionando uma maior demanda.
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De acordo com os dados divulgados pela Caixin, a atividade econômica está ganhando força na China, sinalizando que a abordagem rigorosa de Pequim para combater a pandemia do coronavírus está começando a surtir efeitos positivos. O índice de compras de serviços na passou de 55 pontos em maio para 58,4 em junho.
Itaú (ITUB4) piora estimativa de déficit primário para 11% do PIB
O Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4) divulgou um relatório nessa sexta-feira (3) informando que revisou e piorou a estimativa para o déficit primário do Brasil em 2020 e 2021. Para esse ano, a projeção passou de um rombo de 10,2% do Produto Interno Bruto (PIB) da previsão anterior, para 11% do PIB, alcançando R$ 800 bilhões.
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Em relação ao déficit primário em 2021, o Itaú prevê que seja de 2,5% do PIB, chegando a R$ 200 bilhões, ante a projeção anterior de 2,2%.
Entretanto, o banco privado destacou que a estimativa era resultado de um cenário em que o auxílio emergencial de R$ 600, apelidado de coronavoucher, fosse prorrogado por 2 meses com valor menor, contudo o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), assinou um decreto prolongando o benefício por mais dois meses, mas mantendo o valor de R$ 600.
Petrobras (PETR3): PDV reduz 22% dos empregados e economiza R$ 18 bi
A Petrobras (PETR3; PETR4) comunicou na última quinta-feira (2) que os seus Programas de Desligamentos Voluntários (PDVs) e Programa de Aposentadoria Incentivada (PAI) darão a estatal um retorno adicional (custo evitado de pessoal de R$ 22 bilhões menos o desembolso com as indenizações de R$ 4 bilhões) de cerca de R$ 18 bilhões até 2025. A companhia também informou sobre a redução do quadro de empregados, de 22%.
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De acordo com a Petrobras, o pacote de programas obteve uma ótima adesão dos empregados até o momento e está sendo considerado um sucesso pelo presidente da petroleira, Roberto Castello Branco. “Os programas de desligamento voluntário foram elaborados com a preocupação principal de respeitar o direito de livre escolha de nossos colaboradores. O resultado do
PDV 2019 foi extremamente positivo com 94% de adesão, dos 10.053 empregados elegíveis, tivemos 9.405 inscritos. Consolidando os demais programas atingimos 10.082 inscrições, o que representa 22%
do atual quadro de empregados”, disse o executivo.
Última cotação do dólar
Na sessão de quinta-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,6%, negociado a R$ 5,35 na venda. No acumulado da semana, a moeda norte-americana teve uma desvalorização de 2,65%.