Reunião do Copom focará na atividade econômica e inflação, diz BC
Em uma videoconferência promovida pelo banco Safra nesta sexta-feira (3), o diretor de política econômica do Banco Central (BC), Fábio Kanczuk, explicou que o foco da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) será a atividade econômica e seu efeito na inflação do próximo ano.
Além disso, Fábio Kanczuk declarou que o comitê discutirá o formato da recuperação econômica brasileira depois da pandemia do coronavírus (covid-19). “Essa recuperação, pelo menos o início dela, será que será um V, ou não? Para o cenário básico do Copom, a letra mais adequada é um swatch, que no início dá uma volta firme, depois um retorno mais suave, como um símbolo de check”, explicou.
Segundo o diretor do BC, “a inflação esperada para o ano que vem é mais próxima da meta do que a prevista neste cenário”. Embora o cenário básico da autoridade monetária aponte para 3,20% em 2021, Kanczuk indicou que o comitê considera também outros cenários.
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Como consequência da previsão para a inflação da autoridade monetária, Kanczuk indicou a abertura de espaço para cortes residuais na taxa Selic. Dessa forma, o diretor do BC explicou que a meta para 2021 é de 3,75%, com tolerância de 1,5 pontos para cima ou para baixo.
Kanczuk também disse que “O Copom estará mais de olho nos dados de atividade do que esteve nas reuniões anteriores”. O Banco Central se preocupa com o retorno da economia após o fim dos recentes auxílios do governo.
“O nível de desemprego continuará alto, vai continuar tendo grandes impedimentos para a renda e os programas de auxílio terão acabado”, concluiu.
Guedes explicou que o BC pode emitir moeda em certos casos
O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, na última terça-feira (30), que o Brasil está “tecnicamente pronto a autorizar a emissão de moeda”, mas ainda não é necessário. A medida seria utilizada em caso de uma depressão econômica.
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O BC seria autorizado a emitir moeda somente no contexto em que a atividade econômica cai e fica estagnada, numa curva em “L”, próxima à “armadilha da liquidez” descrita pelo economista Keynes, segundo Paulo Guedes.