BC não proibiu pagamento por WhatsApp, diz Campos Neto
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (2) que o WhatsApp poderia atuar no mercado brasileiro de pagamentos e transferências contanto que siga as mesmas normas de outras empresas.
Nesse sentido, o economista salientou que o WhatsApp precisa comprovar que o serviço é competitivo e garante segurança de dados para os usuários. “Temos uma agenda super pró-competição”, reforçou o presidente da autoridade monetária em evento virtual promovido pelo jornal “Correrio Braziliense”.
O modelo de pagamentos do aplicativo de mensagens foi lançado em 15 de junho no Brasil, o primeiro país a receber o novo recurso, em parceria com a Cielo (CIEL3). O sistema, no entanto, foi suspenso após determinações do BC e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apenas oito dias depois.
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Para Campos Neto, a autoridade monetária entendeu que o novo modelo precisaria passar pelo mesmo processo de aprovação dos demais sistemas de pagamentos.
“O Banco Central em nenhum momento proibiu o WhatsApp de operar no Brasil. O que o BC entendeu é que era um arranjo muito relevante e que precisava passar pelo processo de aprovação dos demais arranjos de pagamento”, disse em ‘live’ promovida pelo jornal Correio Braziliense. “Estamos dispostos a autorizar assim que for seguido o mesmo trilho dos outros arranjos”, afirmou o presidente da autoridade monetária.
Cade revoga medida contra Whatsapp
O Cade, por sua vez, acatou os argumentos tanto da brasileira Cielo, que após as determinações viu suas ações despencarem, como do Facebook, empresa mãe rede social de mensagens. Dessa forma, a autarquia revogou a medida cautelar que suspendia o acordo para a criação do serviço.
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A operação no Brasil, todavia, ainda é impedida por determinação do Banco Central. Segundo Campos Neto, a garantia de proteção de dados é uma preocupação de vários países que não liberaram o modelo.
O economista ainda salientou que pequenas empresas de pagamento não precisam de autorização prévia para oferecer os serviços. Para o presidente do BC, no que tange ao WhatsApp, “um arranjo que já começa com 120 milhões de clientes ele não é pequeno. Ele precisa passar pelo mesmo trilho de aprovação dos outros”.