Bolsas globais operam estáveis, de olho nas estimativas da OMS
As bolsas globais operam de forma estável nesta terça-feira (30), atentas às previsões e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma possível segunda onda da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Os futuros de Nova York são negociados sem direção única, enquanto os mercados europeus e asiáticos apresentam ganhos majoritários.
Por volta das 7h20, o S&P 500 futuro operava com uma queda de 0,18%. Na última segunda-feira (29), o mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou em alta de 1,47%, a 3.053,24 pontos. As bolsas dos EUA encerraram o último pregão com fortes ganhos.
O mercado, entretanto, está de olho no avanço da pandemia e seus impactos econômicos inerentes. Enquanto os estados mais populosos dos EUA retomam as medidas de restrição com o objetivo de mitigar a disseminação da doença, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreysus, disse, na última segunda, que “o pior ainda está por vir”.
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Segundo ele, isso ocorre pela falta de solidariedade global. A pandemia está resurgindo em alguns países, e metade das mortes são provenientes das Américas, disse Thedros.
O Dow Jones também caía 0,18%, para 25.450,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, operava com um leve avanço de 0,07%, a 9.980,50 pontos. Os índices norte-americanos caminham para encerrar o trimestre de forma positiva, após já terem apagado as perdas do início do ano. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, subia 0,60%, a 32,52 pontos.
Holger Schmieding, economista-chefe do Berenberg Bank, em entrevista ao “The Wall Street Journal”, disse que “as autoridades têm muito mais experiência agora do que em março e abril”. Dessa forma, segundo ele, pode não haver um surto como o inicial em Nova York ou no norte da Itália, devido aos novos costumes e protocolos de segurança.
Enquanto isso, na Europa, os mercados operam sem direção única após o início do pregão, à espera dos efeitos da política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Às 7h35, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 0,36%, a 12.276,55 pontos, também demonstrando certo otimismo quanto à recuperação da economia.
O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava uma baixa de 0,40%, para 6.202,15 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava +0,23%, para 4.956,90 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma queda de 0,10%, a 19.717,50 pontos, atingindo o nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 0,18%, para 3.237,45 pontos.
Já na Ásia, novos sinais de que a recuperação econômica chinesa está ganhando força vieram à tona. Os dados mais recentes apontam para uma retomada mais acentuada do setor manufatureiro da China, o que não havia sido percebido pelos investidores anteriormente — em razão do temor por uma segunda leva de infecções.
“Os dados econômicos da China eram bastante fortes, elevando as ações asiáticas e oferecendo algum conforto para outros mercados”, afirmou Seema Shah, estrategista-chefe da Principal Global Investors, em entrevista ao “The Wall Street Journal”. Todavia, segundo o especialista, os dados serão refletidos e consolidados nos mercados de forma mais lenta nas próximas semanas, não uma forte alta ou forte correção.
O SSE Composite, de Xangai, encerrou o pregão com uma leve alta de 0,78%, a 2.984,67 pontos. A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com um avanço de 1,33%. A bolsa de Hong Kong fechou com uma alta de 1,11%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando +0,71%.
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Às 7h45, o petróleo WTI caía 1,39%, sendo negociado a US$ 39,15 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava uma baixa de 1,12%, a US$ 41,38 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de alta após a gradual recuperação da procura pelo produto, enquanto as economias mundiais tentam reabrir aos poucos.
Apesar do otimismo apresentado ao longo de junho, os futuros norte-americanos e as bolsas globais permanecem atentos aos possíveis efeitos do coronavírus na economia mundial.