Empresas de tecnologia dos EUA criticam ordem assinada por Trump
Nesta terça-feira (22) os líderes das maiores empresas de tecnologia dos EUA criticaram a mais recente ordem do presidente Donald Trump. A medida assinada nesta segunda-feira suspende a emissão de diversos vistos de trabalho no país, algo que muitas empresas dependem para poder empregar milhares de funcionários.
As novas restrições, que devem durar até o final do ano, ampliam a proibição temporária de imigração que Trump introduziu em abril. Nela, os EUA barraram alguns familiares de cidadãos estadunidenses e reduziram o número de trabalhadores altamente qualificados que podem imigrar para os EUA.
Sundar Pichai, do Google (NASDAQ: GOOGL), Tim Cook, da Apple (NASDAQ: AAPL), e Elon Musk, da Tesla (NASDAQ: TSLA), foram rápidos em expressar suas críticas às restrições.
“A imigração contribuiu imensamente para o sucesso econômico dos Estados Unidos, tornando-o líder global em tecnologia e também fazendo do Google, a empresa que é hoje”, disse Pichai pelo Twitter. “Desapontados com a proclamação de hoje – continuaremos apoiando os imigrantes e trabalharemos para expandir as oportunidades para todos”.
O CEO da Apple, Tim Cook, disse via Twitter: “Como a Apple, esta nação de imigrantes sempre encontrou força em nossa diversidade e esperança na promessa duradoura do sonho americano. Não há nova prosperidade sem os dois. Profundamente decepcionado com esta proclamação”.
Musk informou que discorda da ação por meio da mesma rede social. “Na minha experiência, essas habilidades são criadoras de empregos”, escreveu ele. “A reforma dos vistos faz sentido, mas isso é muito amplo.”
Trump suspendeu temporariamente a emissão de novos vistos
Além do visto H-1B, a proibição temporária será aplicada aos novos vistos:
- H-2B, para trabalhadores de curto prazo em setores não-agrícolas;
- J-1, para trabalhadores de curto prazo, incluindo conselheiros de campo;
- L -1, para transferências internas de uma mesma empresa;
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As autoridades do governo Trump explicaram que a medida fornecerá mais empregos aos americanos. No entanto, líderes empresariais alertaram que a decisão reduzirá a capacidade das empresas de recrutar trabalhadores nos EUA, levando-as a mover suas operações a outros países.