Acordo comercial entre os EUA e China está em andamento, diz Lighthizer
O representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, informou nesta quarta-feira (17) que o acordo comercial entre os Estados Unidos e a China não mostra sinais de enfraquecimento.
“Tudo indica que, apesar deste Covid-19, eles (governo chinês) farão o que dizem”, explicou Lighthizer sobre a China em uma audiência perante a Câmara dos EUA. “Temos um excelente acordo”.
Segundo os Robert Lighthizer, ambos países sustentam o objetivo de chegar a um acordo comercial apesar dos confrontos entre as duas nações sobre:
- a pandemia de coronavírus (covid-19);
- a repressão da China à autonomia de Hong Kong;
- e a diminuição no consumo chinês dos produtos norte-americanos;
“Se eu tentar resolver todos os problemas entre os EUA e a China, acabarei não resolvendo nenhum deles”, disse Lighthizer. “Tenho a obrigação de operar no âmbito comercial.”
Com base no acordo assinado em janeiro, a China está muito atrasada em suas compras de produtos dos EUA. Isso se deve a pandemia, que praticamente suspendeu o comércio global. A diminuição no consumo chinês possibilita que os Estados Unidos mantenham as tarifas sobre US$ 360 bilhões (cerca de R$ 1,89 trilhões) de importações da China.
Além disso, Lighthizer pediu, durante a audiência, que mais tarifas fossem impostas sobre os equipamentos médicos fabricados na China e os equipamentos de proteção que foram utilizados em hospitais para tratar pessoas doentes com coronavírus.
Segundo o representante de comércio, manter as tarifas sobre as importações encorajaria as indústrias americanas a fabricar esses produtos. Isso tornaria o país mais preparado para uma eventual crise de saúde pública, como a que ocorre atualmente.
EUA indicam relação delicada com os países europeus
As tensões comerciais permanecem elevadas com a União Europeia. Embora o governo tenha realizado acordos com o México, o Canadá, o Japão e a China, anos de negociações com a Europa não foram a lugar algum.
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“No momento, eu diria que não está parecendo positivo para o curto prazo, embora no final das contas tenhamos que resolver algo com a Europa”, disse Lighthizer, acrescentando que os EUA não evitaria o uso de tarifas adicionais nos países do bloco econômico.