Gol (GOLL4) não entregará relatório anual à SEC e pede maior prazo
A Gol (GOLL4) informou à U.S. Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, que não entregará seu relatório anual referente a 2019, e pediu um maior prazo para a conclusão. A entrega do formulário 20-F é obrigatória para as companhias listadas em bolsa nos Estados Unidos.
Segundo a Gol, será necessário um tempo extra para terminar a avaliação e revisão de seu auditor independente, a KPMG, quanto à eficácia dos controles internos.
A companhia área brasileira disse, por meio de um comunicado ao órgão, que a KPMG informou ao comitê de administração e de auditoria da empresa que o relatório sobre o controle interno “provavelmente incluirá uma ou mais falhas”. Além disso, será incluído um parágrafo pelo auditor alertando sobre o risco de continuidade da aérea.
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É comum o escritório de auditoria incluir alertas de continuidade quando encontra riscos de sobreviência da companhia. A notícia vem à tona em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a qual o setor aéreo foi um dos mais impactados devido as medidas de isolamento social e fechamento de fronteiras.
Segundo a empresa, o relatório poderá ser entregue à SEC dentro de um prazo de 15 dias corridos. A Gol é listada na NYSE, Bolsa de Valores de Nova York, desde 2004, em um dos casos de abertura de capital simultânea, no Brasil e no exterior.
Gol divulgou prejuízo de R$ 2,2 bi no 1T20
A Gol apresentou prejuízo líquido (antes da participação minoritária na Smiles) de R$ 2,261 bilhões no primeiro trimestre de 2020, segundo seus dados não auditados revelados no mês passado.
O prejuízo líquido depois da participação minoritária foi de R$ 173,2 milhões. Vale destacar que no mesmo período de 2019, a Gol teve um lucro líquido de R$ 35,2 milhões.
Por outro lado, a companhia aérea informou que as atividades operacionais totalizaram R$ 1,1 bilhão no 1T20, um aumento de R$ 868,4 milhões em comparação ao primeiro trimestre do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre. A empresa também informou que teve uma geração de caixa operacional de R$ 1,1 bilhão, com margem de 35,6%.
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A Gol informou que o número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) teve queda de 6,4% ficando em R$9,9 bilhões, enquanto o Assento Quilômetro Ofertado (ASK) caiu 4,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2019.