Bruno Funchal será o novo secretário do Tesouro Nacional
O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou nessa segunda-feira (15) que o diretor de Programas da Economia, Bruno Funchal, será o novo secretário do Tesouro Nacional, substituindo Mansueto Almeida.
O atual secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, informou no último domingo (14) à Guedes, sua decisão de deixar o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, no final de julho ou em agosto.
Uma das novas obrigações de Bruno Funchal, será negociar com o Congresso Nacional a autorização de reformas para a estabilidade fiscal do Brasil. Além disso, o economista deverá auxiliar na recuperação das contas públicas brasileiras, após as turbulências caudadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
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Sobre a carreira de Funchal, vale destacar que:
- É formado em economia pela Universidade Federal Fluminense;
- Possui doutorado pela Fundação Getúlio Vargas;
- Tem pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada;
- Compõe o Conselho Fiscal da Caixa Econômica Federal;
- Foi secretário de Fazenda do Espírito Santo em 2017 e 2018.
Mansueto Almeida deixará cargo de secretário do Tesouro Nacional
Mansueto Almeida assumiu o comando do Tesouro nacional em abril de 2018, ou seja, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. Ele foi confirmado no cargo pelo governo Bolsonaro.
No último domingo, ele anunciou que deixaria o cargo nos próximos meses. O tempo necessário para que possa ser realizada uma transição com seu sucessor no controle dos cofres públicos. Ademais, a saída do secretário foi consensual.
“Sair foi uma decisão difícil. Eu já vinha pensando em deixar o governo. Estou no ministério há quatro anos e queria fazer isso da forma mais tranquila possível. Vou ficar aqui até o fim de julho, e não vai mudar nada no ajuste fiscal, que vai depender da direção do presidente, com seu Ministério da Economia e com o Congresso Nacional. Então não vai mudar nada no teto de gastos”, disse Mansueto Almeida à “Globo News” nessa segunda-feira.
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O economista vai para a iniciativa privada após a quarentena de seis meses prevista na lei para os ex-funcionários públicos. Ele já estava discutindo sua saída do governo com o ministro Guedes.
Guedes queria nomeá-lo diretor-executivo do Conselho Fiscal da República. Um novo órgão que seria criado pela Proposta de Emenda da Constituição (PEC) do Pacto Federativo. Entretanto, a crise provocada pela pandemia atrasou a tramitação da PEC no Congresso Nacional, impedindo a criação do colegiado.
Saiba mais: Mansueto Almeida: não vai mudar nada no ajuste fiscal
O atual secretário do Tesouro Nacional sempre foi considerado pelo mercado como o principal responsável do processo de ajuste das contas públicas iniciado durante o governo Temer. Agora os analistas se questionam sobre a continuidade do saneamento do orçamento federal após sua saída.