Dólar opera em alta com assuntos internacionais no radar

O dólar abre em alta nesta terça-feira (9) monitorando o mercado internacional.

Por volta das 9h20, o dólar registrava alta de 0,393%, sendo negociado a R$ 4,8731. A queda nos índices internacionais, PIB da Zona do Euro, lei de Hong Kong e dados econômicos da Alemanha são assuntos que movimentam o mercado hoje.

  • Após o fechamento na véspera em alta, os índices norte-americanos apresentam desvalorização em seus indicadores;
  • O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro teve um tombo menor do que o estimado na primeira leitura feita pela Eurostat para o primeiro trimestre deste ano;
  • A principal economia do continente europeu, Alemanha, registrou tombos históricos em exportações, importações e produção industrial;
  • A China classificou nova lei de Hong Kong como um “programa antivírus”.

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Mercado internacional

O mercado internacional opera em campo distinto nesta terça-feira (9). Os índices futuros de Nova York apresentam queda assim como as bolsas da Europa, e o mercado asiático encerra sem direção única.

Após o fechamento na véspera em alta, os índices norte-americanos apresentam desvalorização em seus indicadores. Por volta das 7h35, o futuro Dow Jones tinha queda de 1,09% e o S&P 500 futuro caía a 0,95%. Por sua vez, a Nasdaq, que bateu recorde de fechamento na véspera com alta de 1,13%, operava a -0,50%.

Na Europa, os índices das bolsas operam em queda. O Reino Unido caía a 1,76%. A Alemanha apresenta uma desvalorização de 2,14% e a França caía a 2,06%. A Itália registrava queda de 2,82%.

Por sua vez, o mercado asiático encerrou sem direção. O principal índice da China, CSI 300, fechou estável a 0,00%. No Japão a bolsa desvalorizou 0,38% e Hong Kong encerrou o pregão com 1,13%.

PIB da zona do euro

O PIB da zona do euro teve um tombo menor do que o estimado na primeira leitura feita pela Eurostat para o primeiro trimestre deste ano. A economia do bloco encolheu 3,6% nos primeiros três meses de 2020, de acordo com a revisão publicada nesta terça-feira (9).

Saiba Mais: PIB da zona do euro tomba 3,6% no 1T20, aponta revisão da Eurostat

Na primeira publicação feita pela agência de estatísticas da União Europeia, o PIB teria sofrido uma retração de 3,8% na comparação com o último trimestre de 2019. Ante o mesmo período do ano passado, a queda teria sido de 3,2%. Esta pesquisa foi divulgada em maio.

Fed

O Banco Central dos Estados Unidos, Federal Reserve (Fed) informou na última segunda-feira (8) que diminuiu o montante mínimo do seu programa de empréstimos “Main Street” para US$ 250 mil (cerca de  R$ 1,2 milhões), ante a US$ 500 mil (cerca de 2,5 milhões) além de aumentar o prazo, que era de 4 anos, para 5 anos. Frente a isso, a instituição visa que mais empresas e bancos sejam motivados a participar do programa.

O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que está confiante de que as mudanças que estão fazendo “irão melhorar a capacidade do Programa de Empréstimos ‘Main Street’ de apoiar o emprego durante este período difícil”.

Alemanha

A principal economia do continente europeu, Alemanha, registrou tombos históricos em exportações, importações e produção industrial provocados pela pandemia.

As exportações despencaram 24% em abril, ante março. Trata-se da maior da maior queda numa série histórica iniciada em agosto de 1990. As importações caíram 16,5% na mesma comparação. Além disso, o país registrou queda de 17,9% na produção industrial, maior queda na série histórica iniciada em 1991.

Lei de Hong Kong

O vice-diretor do departamento de assuntos de Hong Kong, Zhang Xiaoming,  informou, na segunda, que a nova lei da China vai “reforçar” a política de “um país, dois sistemas”. Xiaoming classificou a legislação como “um programa antivírus”.

Saiba Mais:  China classifica lei imposta a Hong Kong como ‘programa antivírus’

“Quando essa lei entrar em vigor, será como se tivéssemos instalado um programa antivírus em Hong Kong, para que o princípio de ‘um país e dois sistemas’ funcione de maneira mais segura, suave e duradora”, disse o vice-diretor. A nova lei é marcada como uma das escaladas de tensões entre a China e os Estados Unidos.

Em meados de maio, os EUA advertiram o país asiático contra a adoção da legislação em Hong Kong que, segundo Washington, seria desestabilizador para o território.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira, o dólar encerrou em queda de 2,66%, negociado a R$ 4,855.

Poliana Santos

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