Banco do Brasil (BBAS3) adquire R$ 2,6 bi em carteiras do Banco Votorantim
O Banco do Brasil (BBAS3) adquiriu R$ 2,6 bilhões em carteiras do Banco Votorantim (BV Financeira). Segundo os comunicados sobre transações com partes relacionadas, as compras foram realizadas em duas operações, nos dias 27 e 28 de maio.
Na primeira operação, o Banco do Brasil comprou R$ 1,337 bilhão, já na segunda data as carteiras somaram R$ 1,265 bilhão. A razão pela qual as informações foram divulgadas pelo comunicado sobre transações com partes relacionadas é pelo fato de que o Votorantim é controlado pelo BB e a família Ermírio de Moraes.
As aquisições do banco estatal referem-se à cessão de direitos creditórios com retenção substancial dos riscos e benefícios (com coobrigação do cedente). De acordo com o BB, a coobrigação acatada pelo BV estipula o pagamento dos vencimentos independentes da inadimplência da carteira, com o mecanismo de “first loss”.
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Além disso, foi estabelecida uma cláusula de recompra de operações liquidadas antecipadamente pelos devedores inadimplentes ou que seja alvo de falhas ou vícios de contratação.
“Os procedimentos e medidas adotadas seguem os padrões do mercado de cessões de créditos, sendo formalizadas por intermédio de contratos de cessões de direitos creditórios e validadas e liquidadas na C3 (central de registro de contratos de crédito) a preço de mercado”, informou o BB.
Segundo o banco, o negócio com o Votorantim “decorre da sinergia estratégica entre as instituições”.
Banco do Brasil tem procura por linha de crédito menor do que esperado
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse no mês passado que a demanda das empresas por crédito para folha de pagamento está abaixo do que era esperado, e declarou “acho que os empresários não querem se comprometer a não demitir”.
Em contrapartida, o vice-presidente do banco, Carlos Motta, declarou que “prevemos um crescimento grande desses recursos”.
Essa linha de crédito de R$ 20 bilhões foi criada pelo governo para ajudar as empresas no combate à crise da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). À época, Motta indicou que o Banco do Brasil havia feito contato com 30 mil empresas, as quais poderiam adquirir o crédito, e cerca de 6,79 mil operações tinham sido realizadas, somando R$ 172 milhões.