BNDES cria linha de crédito para fornecedores de grandes empresas
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou na última quinta-feira (4) a criação de uma linha de crédito para fornecedores de grandes empresas.
A nova modalidade terá o orçamento inicial de R$ 2 bilhões e prevê o financiamento da cadeia de fornecedores das grandes companhias, que funcionarão como “âncoras” das operações. As empresas do varejo devem ser as primeiras a receber os empréstimos do BNDES.
O banco de desenvolvimento já utilizou o modelo em uma operação com a rede de franquias de cosméticos e perfumes O Boticário. Por esse molde, a empresa “âncora” deve tomar o crédito e repassar o financiamento aos seus fornecedores, empresas em sua maioria de menor porte.
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A linha, dessa maneira, é uma estratégia para fazer o crédito chegar às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), visto que há há maior dificuldade de conseguir empréstimos durante o momento de crise. As taxas altas dos bancos vem sendo citada por pequenos empresários como um dos fatores de dificuldade.
Com a medida, por um lado, as empresas “âncora” evitam a perda de fornecedores, ao tempo que linha atua contra os atrasos de pagamentos ou de entregas na cadeia de fornecedores.
Para estes, por sua vez, a modalidade é uma oportunidade de conseguir empréstimos em condições vantajosas, em vista de que o tomador do crédito será a grande empresa, com isso os juros tendem a ser menores.
BNDES detalha condições para linha
Segundo o o banco de fomento, entre as condições da linha de crédito estão:
- prazo de até cinco anos para pagamento (com carência de até dois anos)
- juros referenciados na taxa Selic, mais uma taxa de 1,1% ao ano de remuneração ao BNDES acrescidos de uma taxa de risco conforme o rating da empresa.
A operação, desse modo, será realizada diretamente junto a empresa “âncora”. Esta será responsável por firmar os contratos de financiamento com os seus fornecedores e fazer o repasse. A companhia também fica responsável pelo pagamento de volta ao BNDES.
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Nesse sentido, pelas regras do banco de desenvolvimento, só poderão ser classificadas como”âncoras” as empresas com faturamento superior a R$ 300 milhões por ano.
Cada empréstimo tem o valor mínimo de R$ 10 milhões e deve ser de no máximo R$ 200 milhões. O orçamento inicial seria de R$ 2 bilhões, no entanto o BNDES informou que poderá ser ampliado, à medida que haja uma demanda maior.