Índices futuros de NY sobem após protestos em menor medida
Os índices futuros de Nova York operam em alta nesta quarta-feira (3), após o arrefecimento das manifestações nas cidades norte-americanas. Os investidores internacionais também mostram-se otimistas com a reabertura das economias, mesmo que gradual, e os estímulos financeiros dos bancos centrais.
Por volta das 7h10 desta quarta-feira, dentre os índices estadunidenses, o S&P 500 futuro apresentava uma alta de 0,52%. Na última terça-feira (2), o mercado à vista fechou com um avanço de 0,82%, a 3.080,82 pontos, cerca de 10% abaixo do patamar pré-Covid.
Cidades do leste dos Estados Unidos registraram menores protestos, na noite da última terça-feira, em relação aos últimos dias. Por mais que alguns manifestantes tenham desafio o toque de recolher em algumas capitais, a Guarda Nacional, solicitada pelo presidente Donald Trump a 11 dos 50 estados do país, aparenta ter surtido efeito.
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O Dow Jones subia 0,70%, atingindo 25.882,2 pontos. A Nasdaq, por sua vez, operava em leve alta de 0,30%, a 9.677,50 pontos. O S&P 500 VIX, que mede a volatilidade média dos ativos e é conhecido como “índice do medo” do mercado norte-americano, está no menor patamar desde o fim de fevereiro, a 27,98 pontos.
O rali das ações continua no mercado europeu. As bolsas do Velho Continente operam em alta, assim como desde a última semana. Segundo o jornal “Wall Street Journal”, investidores tem esperado que haverá mais estímulos do Banco Central Europeu (BCE), na reunião da próxima quinta-feira (4), quando o programa de compra de títulos pode ser expandido.
A gradual reabertura das economias no ocidente, sem desencadear uma clara segunda onda de infecções do novo coronavírus (Covid-19), também tem motivado os investidores. De acordo com a universidade norte-americana John Hopkins, as infecções diárias nos 10 países mais afetados pela pandemia tem diminuído — com exceção do Brasil, que registrou 1.262 mortes na última terça-feira, um recorde de baixas diárias.
Às 7h35 desta quarta-feira, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 2,44%, a 12.307,90 pontos. O britânico FTSE 100 apresentava um avanço de 1,30%, para 6.299,64 pontos.
O índice francês, CAC 40, subia 2,09%, para 4.960,66 pontos, enquanto o FTSE MIB, índice italiano — um dos primeiros a tombarem com a chegada no coronavírus na Europa — registrava forte alta de 2,34%, a 19.414,50 pontos, o maior patamar desde o início de março.
O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, por sua vez, avançava 2,09%, a 3.225,20 pontos.
O mercado asiático também reflete as boas expectativas para a recuperação econômica, ao passo que os estímulos vem sendo anunciados pelas autoridades monetárias.
Na noite da última segunda-feira (1), O Banco Popular da China anunciou que comprará 400 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 56,1 bilhões (cerca de R$ 292,53 bilhões) em fatias de empréstimos não garantidos de pequenas e médias empresas.
Saiba mais: China comprará US$ 56 bi em empréstimos de pequenas empresas
A política monetária mais ostenstiva é um esforço para estimular a economia da China, a segunda mais potente do planeta, em meio à recuperação dos impactos da pandemia. O banco central chinês comprará até 40% dos empréstimos com vencimento em até seis meses, realizados a partir de março.
O principal índice acionário do mercado chinês, o SSE Composite, de Xangai, terminou o pregão com uma valorização de 0,07%, a 2.923,37 pontos.
Além disso, o PMI de serviços da China subiu a 55,0 no mês passado, frente a 44,4 em abril, atingindo o nível mais alto desde o final de 2010. A marca de 50 separa crescimento de contração. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pelo Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Caixin/Markit.
A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma alta de 1,29%. A bolsa de Hong Kong registrou +1,37%. Já KOSPI, da bolsa da Coreia do Sul, encerrou as negociações com um avanço de 2,87%. O governo sul-coreano propôs um orçamento extra no valor de US$ 28,9 bilhões (cerca de R$ 150,30 bilhões), o terceiro deste ano, para aliviar o impacto econômico da pandemia.
O petróleo WTI caía 1,17%, sendo negociado a US$ 36,37 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent recuava 1,16%, a US$ 39,11 o barril. Os preços da commodity procuram retomar a tendência de alta após a gradual recuperação da demanda. Nos últimos 40 dias, os preços já avançaram mais de 70%.
O Ibovespa futuro abriu em forte alta nesta quarta-feira. A exemplo dos últimos dias, quando o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira novamente se aproximou dos 100 mil pontos, o mercado futuro operava em alta de 1,29% às 9h55.
Os índices futuros mundiais demonstram otimismo nas últimas semanas ao passo que a preocupação pela demisseminação da pandemia vem sendo mitigada nos países de maior contágio.