JBS (JBSS3) é acusada de violar direitos indígenas, diz agência
A JBS (JBSS3) está sendo acusada por procuradores do trabalho de Santa Catarina por uma suposta violação de direitos de trabalhadores indígenas. As informações são da agência de notícias “Reuters”.
Os procuradores alegam, na ação civil pública aberta nesta segunda-feira (2), que a JBS discriminou e demitiu um grupo de 40 trabalhadores, oriundos da Terra Indígena Serrinha, próximo do Rio Grande do Sul. Segundo a “Reuters”, o fato teria ocorrido durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o que seria ilegal.
“A dispensa dos trabalhadores indígenas realizada pela demandada constitui ato ilícito, porquanto afronta o princípio da igualdade e não discriminação”, diz a ação contra a empresa.
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Contatada pelo SUNO Notícias, a JBS disse que “o desligamento de 40 colaboradores da Terra Indígena Serrinha no dia 6 de maio ocorreu em razão da descontinuidade da linha de ônibus que fazia o transporte dos colaboradores em um percurso de cerca de 600 km diários, ida e volta, até a unidade. Os desligamentos foram feitos sem justa causa, com o pagamento integral de todas as verbas indenizatórias previstas”.
A companhia esclareceu que “que emprega 3.700 colaboradores em sua unidade em Seara (SC), provenientes de várias regiões próximas a sua unidade. Desse total, 200 deles são membros de comunidades indígenas e estão afastados preventivamente conforme orientação de prevenção para a unidade de Seara durante a pandemia de Covid-19”.
Justiça autoriza reabertura de frigorífico da JBS em SC
A JBS recebeu a autorização da Justiça de Santa Catarina para reabrir seu abatedouro de aves no oeste do estado. A liminar foi concedida no último sábado (30).
Por determinação da Justiça, a planta da JBS estava fechada há quase duas semanas. Auditores fiscais haviam identificado falhas na execução de medidas adotadas pela empresa na contenção da pandemia entre seus funcionários na operação.
Confira: Justiça obriga JBS a garantir distanciamento físico entre funcionários
A JBS à época, no entanto, rebateu dizendo que estabeleceu uma série de medidas de proteção atendendo às recomendações dos ministérios da Saúde, Agricultura e Economia.
