Venda de imóveis recua 39% em abril, de acordo com CBIC
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou uma pesquisa e informou nessa segunda-feira (25) que o número de imóveis vendidos em abril ficou em 6.498. O montante é 38,8% menor em relação a abril de 2019.
A pesquisa foi realizada entre os dias 25 de abril até o dia 4 de maio e contou com amostras de cidades das 5 regiões brasileiras. De acordo com a CBIC, houve uma queda de 63% no total de lançamentos no mês passado, em comparação abril do ano anterior, para 3.172 imóveis.
De acordo com o estudo, cerca de 54% das empresas consultadas observaram um decréscimo significativo ou acentuado na busca por propriedades no período.
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A análise ainda indicou que 77% das empresas consultadas planejavam adiar os lançamentos previstos para abril, ao passo que 56% das empresas que participaram da pesquisa fecharam vendas.
Segundo a pesquisa, 18.388 construções residenciais foram lançadas no Brasil entre janeiro e março de 2020, o que significa um decréscimo de 14,8% em relação ao primeiro trimestre de 2019. Para o vice-presidente da CBIC, Celso Petrucci, “os últimos 15 dias de março foram perdidos”.
Além disso, as vendas no primeiro trimestre de 2020 apresentaram uma alta de 26,7%, para 34.411 unidades quando comparadas com o mesmo período do ano passado. Segundo a CBIC, no final de março 148.181 imóveis estavam sendo ofertados.
O Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, afirmou que “quem precisa do primeiro imóvel está comprando, mas quem pretende ir para um apartamento maior ou uma localização mais nobre não está”.
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Segundo Martins, a venda nesse setor está se voltando para o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ desde o início da crise causada pela pandemia de coronavírus (Covid-19). Vale ressaltar que os lançamentos do programa de habitação federal do Brasil representaram 57% do total.
Mercado de imóveis residenciais devem sofrer mudanças
Martins ainda ressaltou que, devido ao fato das pessoas estarem passando mais tempo em casa, a previsão é para que o mercado se centralize em unidades compactas.
Além disso, Petrucci projeta um resumo no volume de imóveis lançados e vendidos durante o ano em comparação ao ano passado, por causa da pandemia. Entretanto, ele prevê que a queda será menor do que a apresentada entre agosto de 2008 e julho de 2009.
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De acordo com o vice-presidente da CBIC, entre agosto de 2008 e julho de 2009, houve uma queda de 45% em lançamentos e vendas de imóveis. “Não acredito que a queda será tão acentuada neste ano, mas esta é uma crise pela qual nunca passamos” declarou.