Dólar encerra em queda de 0,152%, cotado em R$ 5,5739

O dólar encerrou nesta sexta-feira (22) em queda de 0,152%, negociado a R$ 5,5739 na venda, após o diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, afirmar que a autarquia não pensa em “quantitative easing” como uma política monetária para o atual momento.

Pela manhã o dólar abriu estável com os investidores de olho nas tensões entre a China e os Estados Unidos. Já no acumulado da semana a moeda apresentou uma queda de 3,3047%.

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Além disso confira as principais notícias que movimentaram o mercado nessa sexta-feira:

  • Banco Central descarta ‘quantitative easing’ e pode intervir no dólar;
  • BCE indica, em ata, que pode afrouxar a política monetária novamente em junho;
  • Coronavoucher: Guedes estuda pagamento de mais R$ 600 em três parcelas;
  • Última cotação do dólar.

BC descarta ‘quantitative easing’

O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Fabio Kanczuk, afirmou nesta sexta-feira que a autarquia não pensa em “quantitative easing” como uma política monetária para o atual momento. O BC, por outro lado, diz estar preparado para intervir no câmbio. As informações são da agência “Reuters”.

Kanczuk disse que a autorização concedida pelo Congresso para que o Banco Central compre títulos públicos será utilizada de forma moderada. O executivo também afirmou que a autarquia entende que há outras formas mais eficientes de agir por meio da curva de juros e salientou que o “quantitative easing” não será usado como ferramenta de política monetária.

“Se eu fizer QE, se eu tirar o prêmio da curva na força, esse prêmio incluindo a questão fiscal, o que vai acontecer é que isso vai se refletir em algum outro ativo financeiro, mais notadamente o próprio câmbio”, disse Kanczuk.

Saiba mais: Banco Central descarta ‘quantitative easing’ e pode intervir no dólar

Na live promovida pelo Banco UBS, em que o diretor do BC estava esclarecendo assuntos relacionados a economia atual do País, o executivo foi muito questionado sobre um limite efetivo mínimo para a taxa básica de juros (Selic). Kanczuk destacou que no Brasil a discussão sobre o chamado ‘lower bound’ (menor limite) considera que a queda dos juros terá o mesmo efeito de elevar a inflação, parte disso por meio do câmbio e de seu impacto na atividade econômica.

Banco Central Europeu

O Banco Central Europeu (BCE), em ata da reunião de abril divulgada nesta sexta-feira, afirmou que está “totalmente preparado” para afrouxar a política monetária novamente a partir de junho. O objetivo é dar mais estímulo à economia, que já está sentindo o choque em suas atividades devido à pandemia de coronavírus (Covid-19). As informações fora publicadas pela agência “Reuters”.

Saiba mais: BCE indica, em ata, que pode afrouxar a política monetária novamente em junho

O BCE divulgou, recentemente, diversas medidas que serão tomadas para diminuir a recessão econômica decorrente dos efeitos da pandemia de coronavírus. Entre elas está a compra de 1,1 trilhão de euros em títulos e empréstimos a taxas profundamente negativas. As autoridades de política monetária, entretanto, estão com receio e estimam que isso não será o suficiente.

“Ele [o Conselho do BCE] estava totalmente preparado para aumentar o tamanho do Programa de Compra de Emergências Pandêmicas (PEPP) e ajustar sua composição, e potencialmente seus outros instrumentos, se, à luz das informações disponibilizadas antes da reunião de junho, julgasse que a escala do estímulo estava aquém do necessário”, comunicou o BCE.

Coronavoucher

O ministro da Economia, Paulo Guedes, está estudando novas formas de auxiliar os trabalhadores informais com o “coronavoucher“. De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, da última quinta-feira (21), o Governo Federal deverá pagar mais uma parcela de R$ 600 do auxílio emergencial. O valor, entretanto, seria dividido em três vezes.

O coronavoucher foi originalmente planejado em três parcelas de R$ 600, sendo que a última está prevista para o fim deste mês. A ideia de Guedes é pensar em novos programas de políticas sociais, enquanto as parcelas adicionais em estudo são pagas, para ajudar a população que está passando por dificuldades financeiras, em decorrência, principalmente, da crise provocada pela pandemia de coronavírus . Ainda não há nada definido e esta é apenas uma das opções que estão na mesa equipe econômica, diz o jornal.

Saiba mais: Coronavoucher: Guedes estuda pagamento de mais R$ 600 em três parcelas

Um dos desafios do governo neste momento é encontrar fontes de recursos para poder bancar o aumento de gastos e, dessa forma,  dar suporte à população. A ideia inicial do auxílio era que ele durasse somente três meses. Os valores seriam pagos em abril, maio e junho.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira (21), o dólar encerrou cotado a R$ 5,5824, com queda de 1,894%.

Laura Moutinho

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