Cogna (COGN3) prioriza manutenção do caixa em meio à crise
Segundo o presidente da Cogna Educação (COGN3), Rodrigo Galindo, a empresa não tenciona fazer aquisições em meio a crise causada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
De acordo com o executivo, a prioridade neste momento é a preservação do caixa e a manutenção dos pagamentos de dívidas da Cogna. “Continuamos analisando as aquisições, mas elas só devem ser feitas após a crise. Prioridade é manter o caixa”, afirmou, lembrando a captação de R$ 500 milhões anunciada nessa semana.
A empresa também comunicou que não pretende oferecer descontos no final do processo do vestibular. Segundo Galindo, nessa fase há alta evasão e inadimplência, além de o valor da mensalidade ser menor.
A Cogna disponibilizou R$ 50 milhões em parcelamentos de mensalidade para estudantes que tiveram queda na renda ou haviam perdido o emprego.
A empresa ainda informou que o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) não deve trazer grandes impactos, no caso da prova ser realizada neste ano. Enquanto, se acontecer no ano seguinte, poderia apresentar um efeito um pouco maior.
Galindo vê migração de alunos para graduação híbrida
A companhia ainda informou que espera haver uma migração de alunos de cursos presenciais, atualmente, para a graduação híbrida, com conteúdo online e presencial após a pandemia.
“Havia muita resistência dos alunos de cursos presenciais com graduação a distância. Agora, com a necessidade de ter aulas 100% on-line, essa percepção está mudando”, declarou Galindo.
Um número reduzido de instituições de ensino estão ofertando 40% do conteúdo de forma online, em função da legislação aprovada em dezembro. De acordo com o executivo, o baixo número de adaptação se deve à resistência dos alunos.
Cogna registra prejuízo de R$ 39,1 milhões no 1T20
A Cogna divulgou nesta sexta-feira (22) o prejuízo líquido de R$ 39,1 milhões nos primeiros três meses de 2020. A empresa reverteu o resultado positivo de R$ 238,2 milhões apresentado no primeiro trimestre de 2019.
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Além disso, a receita líquida da companhia anotou uma queda de 11,5% nos primeiros três meses deste ano, em relação ao mesmo intervalo do ano passado, de R$ 1,839 bilhão para R$ 1,627 bilhão. Segundo a Cogna, refletiu as pressões de receita no ensino superior.