BNDES lucra R$ 5,5 bilhões no 1T20, queda de 49%
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou, na manhã desta sexta-feira (15), um lucro líquido de R$ 5,544 bilhões referente ao primeiro trimestre deste ano. O resultado equivale a uma queda de 49,9% em relação ao lucro do primeiro trimestre do ano passado, de R$ 11,07 bilhões, segundo o balanço do banco estatal.
Segundo o BNDES, a queda na comparação anualizada foi influenciada por um menor resultado com participações societárias, além da criação de provisão para o risco de crédito, estimulada pelo cenário de crise gerado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Entretanto, de acordo com a instituição financeira, o lucro líquido dos três primeiros meses deste ano foi 4,6 vezes maior que o do quarto trimestre de 2019, impulsionado pela venda de ações.
Do resultado de R$ 8,5 bilhões atribuído a participações societárias no período, R$ 8,1 bilhões decorreram dos desinvestimentos realizados. Destaque para a oferta subsequente de ações (follow-on) da Petrobras (PETR3; PETR4) em fevereiro.
A carteira de participação em outras empresas, por sua vez, caiu de R$ 111,9 bilhões para R$ 59,2 bilhões na comparação anualizada, um corte de 47%. A turbulência do mercado nos últimos meses fez com que o valor de mercado de empresas não coligada tombasse, representando uma perda acumulada de R$ 28,8 bilhões.
O BNDES, ainda, detalhou que o lucro oriundo da intermediação financeira, ou seja, com os financiamentos realizados pelo banco, foi de R$ 4,1 bilhões. O montante é equivalente a um aumento de 10,1% em relação aos primeiros três meses do ano passado.
Os ativos do balanço do banco totalizavam R$ 718,3 bilhões no final do primeiro trimestre deste ano, uma retração de 1,4% (uma queda de R$ 9,9 bilhões).
O patrimônio de referência da instituição atingiu R$ 167,01 bilhões em 31 de março. Em 31 de março, porém, esse valor era de R$ 191,68 bilhões. O indicador é a base para o cálculo dos limites prudenciais estipulados pelo Banco Central (BC).
O BNDES também informou que o índice de Basileia da instituição terminou o primeiro trimestre deste ano em 35,4%. Já Índice de Capital Principal (Basileia III) foi de 25,4%. O BC exige dos bancos que esses níveis sejam de, no mínimo, 9,25% e 5,75%, respectivamente.